O último boletim de estiagem, publicado na segunda-feira (9), atualizou o número de famílias afetadas para 85.089, aproximadamente. Antes disso, o documento do sábado (7), sinaliza para 82.530 afetados, indicando acréscimo de 2.559 famílias em dois dias.

Diante desse cenário, todas as 62 cidades do Amazonas se encontram em estado de emergência.

Em Manaus, a calha do Rio Negro registrou cota de 17,73 na última atualização, com uma diferença de 5,03 da menor cota catalogada, 12,70. No ano passado, o leito atingiu o volume de água histórico no dia 26 de setembro.

Confira o boletim completo:

Relembre cota histórica

Após atingir o pior cenário da seca desde 2010, o Rio Negro estabilizou nos dias seguintes daquele mês em 2023 e apresentou lenta recuperação. O recorde anterior de maior seca era de 13,63 metros.

Naquela época, já fechando o final do mês de setembro, a seca afetava mais de 608 mil pessoas em 60 dos 62 municípios do estado (saiba mais aqui). Atualmente, afeta mais de 340 mil pessoas.

Diante do último registro da seca no Amazonas e de uma enchente bastante contida em 2024, a expectativa é que a vazante atual também seja marcada por cotas baixas. A fim de evitar um cenário alarmante, medidas são estudas com antecedência.

Lula em Manaus

Na noite de segunda-feira (9), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou na capital do estado para debater sobre a seca e as queimadas. Sua visita inclui inspeções em Manaquiri e Tefé, e retorno a Manaus ainda na tarde de terça-feira (10).

Na cidade, o Chefe do Executivo dará uma entrevista à Rádio Norte FM às 13h20 e, em seguida, se reunirá com prefeitos para discutir a seca.

Às 14h45, anunciará ações para combater a seca na Amazônia no auditório da Suframa, e partirá para Brasília às 17h20. O Planalto informou, anteriormente, que ele anunciará crédito extraordinário e ações contra a estiagem.

Seca no Amazonas 2024

Uma estimativa, apresentada em maio de 2024, sinaliza que atual seca afetará aproximadamente 600 mil pessoas, cerca de 15% da população do estado.

Para enfrentar a estiagem, o Governo Federal fez a dragagem dos rios e implementou um píer provisório em Itacoatiara como uma solução logística.

Dragagem de rios: É o processo de remoção de sedimentos do leito dos rios para melhorar a navegação e evitar encalhes. Existem quatro tipos:

  1. Implantação/Aprofundamento: Para permitir a entrada de navios maiores.
  2. Manutenção: Para preservar a profundidade e navegabilidade.
  3. Mineração: Para extração de minerais com valor econômico.
  4. Recuperação Ambiental: Para limpar áreas contaminadas e reduzir a suspensão de materiais.

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