O nível do Rio Negro, em Manaus, está a menos de dois metros da seca histórica de 2023. Nesta terça-feira (24), o rio registra 14,30 metros, 1,60 metro acima da cota mínima de 12,70 metros, registrada em 121 anos de monitoramento.

Em decorrência da estiagem, Manaus está em situação de emergência. A praia da Ponta Negra, principal balneário da cidade, foi fechada para banho devido ao baixo nível das águas.

A seca também tem impactado o Porto da Capital. A condição altera significativamente a paisagem local e pode levar à escassez de peixes na região.

Previsão de seca severa

A previsão inicial do governo do estado indica que o Amazonas poderá enfrentar uma seca severa, similar ou até mais intensa que a do ano anterior.

Em agosto, o nível do rio caiu cinco metros, e setembro começou com uma medição de 19,73 metros. Portanto, nos 24 primeiros dias do mês, as águas recuaram 5,43 metros.

Apesar dos desafios, pesquisadores do Serviço Geológico do Brasil (SGB) afirmam que o rio não deve atingir a cota de estiagem de 2023. A previsão é que o nível das águas fique entre 14 e 15 metros, considerado ainda muito baixo.

“Tem a parte norte da bacia, que inclui o Alto Rio Negro, que não está tão afetado como no ano passado. Então, por essa razão, a probabilidade de Manaus ultrapassar a cota do ano passado é baixa, é de 16%”, destacou a pesquisadora Jussara Cury.

Situação alarmante em outras regiões

A situação é igualmente alarmante em outras regiões do estado. Em Tabatinga, na Região do Alto Solimões, o Rio Solimões enfrenta sua pior vazante da história, com -2,28 metros.

Por outro lado, em Itacoatiara, na região do Médio Amazonas, o Rio Amazonas está a 3,16 metros. Em Coari, o Rio Solimões mede 1,54 metros, enquanto em Parintins, no Baixo Amazonas, o nível das águas está em -0,76 metros.

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*Com informações do G1