O Brasil registrou 13.489 focos de incêndio na Amazônia no primeiro semestre de 2024, o maior número em duas décadas, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) divulgados na segunda-feira.

A pesquisa aponta um aumento de 61% em relação ao ano passado. Esse número só foi superado nos primeiros semestres de 2003 (17.143) e 2004 (17.340).

O aumento significativo nos incêndios ocorre mesmo com a redução do desmatamento. De janeiro a 21 de junho de 2024, foram desmatados 1.525 km², uma queda de 42% em comparação com os 2.649 km² registrados no mesmo período de 2023.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrenta o desafio de lidar com o aumento dos incêndios enquanto busca cumprir a promessa de acabar com o desmatamento ilegal na Amazônia até 2030, um problema que se agravou durante a gestão de seu antecessor, Jair Bolsonaro (PL).

Rômulo Batista, do Greenpeace Brasil, afirmou que as mudanças climáticas e a seca excepcional na Amazônia no último ano contribuíram para o aumento dos incêndios.

Ele explicou que a vegetação seca facilita a propagação do fogo e destacou que a maioria dos incêndios é causada por ação humana, principalmente para expansão agrícola.

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