O dono da Precisa Medicamentos, Francisco Maximiano, recusou o compromisso de falar a verdade e abriu mão de usar os 15 minutos iniciais durante depoimento na CPI da Pandemia, nesta quinta-feira, 19.

Francisco estava amparando por habeas corpus concedido pela ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, e utilizou da mesma estratégia do advogado da Precisa, Túlio Silveira.

O empresário Francisco Maximiano disse que o contrato da compra da vacina indiana Covaxin envolvia 20 milhões de doses a US$ 15 por unidade.

“Quem determina o preço de venda da vacina não é a Precisa, mas sim a Bharat Biotech. Tem uma política internacional de preços e nós conseguimos que ela fosse praticada no seu piso para o governo brasileiro, com frete, seguros e todas as despesas envolvidas”, respondeu o empresário à questionamento feito por Renan Calheiros (MDB-AL) em relação ao alto preço.

Quando questionado sobre sua relação com o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), o empresário respondeu que conhece Barros, mas negou ter pedido favorecimento em contratos junto ao Ministério da Saúde. 

O dono da Precisa respondeu a poucas perguntas, inclusive chegou a ser alertado pelos senadores por abusar do direito de ficar calado.