O ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do DF Anderson Torres será convocado para depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura os atos criminosos do dia 8 de janeiro.
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A convocação foi aprovada nesta terça-feira (14) pela Câmara Legislativa do Distrito Federal, criadora da CPI. A data ainda não foi definida.
Uma apuração feira pela CNN mostra que a defesa do ex-ministro ainda avalia qual estratégia vai adotar.
Uma das possibilidades é que Anderson Torres fique em silêncio, uma vez que já prestou depoimento à Polícia Federal (PF) no dia 2 de fevereiro.
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Objetivo da convocação de Anderson Torres
Segundo o deputado distrital João Hermeto (MDB), a convocação tem o objetivo de esclarecer por que o ex-ministro foi para os Estados Unidos em meio a ameaça dos extremistas.
Além disso, os deputados também buscam uma quebra de sigilo bancário, fiscal, telefônico e telemático.
A relatoria é do próprio deputado Hermeto e ainda não há data para a ida de Anderson Torres, mas a Câmara Legislativa tem pressa em ouvir o ex-ministro.
Os deputados definiram ainda que as reuniões da CPI serão realizadas às quintas-feiras de março, às 10h.
A CPI realizou a convocação do ex-ministro e também de outros nomes supostamente envolvidos, como:
- o ex-secretário executivo da SSP-DF, Fernando de Sousa Oliveira;
- o ex-comandante da Polícia Militar do DF (PM-DF), coronel Fábio Augusto Vieira;
- a ex-subsecretária de Inteligência da SSP-DF, Marília Ferreira;
- o ex-secretário da SSP-DF, Júlio de Souza Danilo;
- os coronéis da PM-DF, Jorge Eduardo Naime e Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues; e
- o tenente-coronel da PM-DF, Jorge Henrique da Silva Pinto.
Anderson Torres foi preso no dia 14 de janeiro. Ele é investigado por suspeita de omissão e conivência com os atos terroristas cometidos por bolsonaristas radicais em Brasília, no dia 8 de janeiro.
Na ocasião, ele era o secretário de segurança da capital. Torres, porém, nega as acusações.