A defesa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres deve pedir novamente ao Supremo Tribunal Federal (STF) a revogação da prisão preventiva contra ele.

O pedido será feito depois que o ministro Alexandre de Moraes autorizou que o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), voltasse ao cargo.

+ Envie esta notícia no seu WhatsApp

+ Envie esta notícia no seu Telegram

Torres está preso desde 14 de janeiro por suspeita de omissão nos atos de vandalismo de 8 de janeiro em Brasília.

RELACIONADAS

+ Anderson Torres presta depoimento em ação no TSE, em Brasília

+ Anderson Torres deve depor à CPI em reunião fechada no dia 16 de março

+ Ex-ministro Anderson Torres decide não ir à CPI sobre 8 de janeiro

Defesa de Anderson Torres

A informação é do advogado Rodrigo Roca, que defende o ex-ministro, em entrevista à CNN.

“O ex-comandante [da Polícia Militar do DF] foi solto, o governador em boa hora foi reposto ao seu cargo e suas funções. Isso nos autoriza a intuir que a culpa é do Anderson Torres? Ele foi o culpado disso tudo, o grande arquiteto maligno? Vejam que isso não se sustenta sobre o próprio eixo, isso precisa fazer sentido. Das três cautelares voltaram o da ponta de cima e saiu o da ponta de baixo, ficou o do meio”, pontuou.

“Nós vamos requerer a revogação da prisão mais uma vez. Desta vez com mais vigor em razão dos novos fatos. A condição do doutor Anderson Torres precisa ser revista e reenquadrada no contexto que se criou na última semana”, adiantou o advogado.

A fala foi após depoimento de Torres ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por videoconferência.

O ex-ministro foi testemunha no caso em que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é investigado pela chamada “minuta do golpe”, encontrada na casa de Torres, e por uma live nas redes sociais em que Bolsonaro questiona as urnas eleitorais.

O ex-ministro e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal chamou a minuta de “lixo”, “loucura” e “folclore”. O depoimento durou uma hora e meia.