O ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, ficou em silêncio durante o interrogatório da Polícia Federal (PF) na manhã desta terça-feira (17).

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A tentativa de coleta de depoimento começou por volta das 10h50 no 4° Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal.

Durante pouco mais de uma hora, Torres foi questionado sobre os motivos que o levaram a deixar o País um dia antes dos ataques em aos Três Poderes no de 8 de janeiro.

Os agentes federais também indagaram o porquê do ex-ministro de Bolsonaro ter guardado uma minuta de decreto que instituía um estado de defesa no Tribunal Superior Eleitoral.

Conforme o Antagonista, no período do depoimento, o ex-gestor afirmou que não iria falar sobre os atos de 8 de janeiro e que não poderia dar declarações a respeito.

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Prisão de Anderson Torres

Anderson Torres está detido há quatro dias no batalhão localizado no Guará, região administrativa do DF.

Torres é investigado por omissão culposa nos atos antidemocráticos cometidos em Brasília no dia 8 de janeiro.

Vândalos e criminosos invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso Nacional e o então secretário de Segurança Pública do DF estava de férias em Orlando, nos Estados Unidos.

Ele foi preso pela Polícia Federal (PF) ao chegar no Aeroporto de Brasília, no último sábado (14), e passou por audiência de custódia virtual no mesmo dia.

A Justiça decidiu que o investigado deveria continuar preso. A determinação da prisão do ex-secretário foi feita pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Após os atos criminosos em Brasília, o ex-secretário foi exonerado do cargo pelo governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), que também investigado por omissão.

Na (17), Anderson Torres recebeu atendimento de psiquiatra da Secretaria de Saúde do DF. A solicitação foi feita pelo próprio ex-gestor.