O anestesista colombiano Andres Eduardo Oñate Carrillo teve a prisão mantida nesta terça-feira (17) pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

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Ele foi preso nesta segunda (16) suspeito de ter violentado sexualmente pacientes dopadas dentro de hospitais públicos na capital fluminense.

Andreas também é suspeito de produzir e armazenar cenas de abuso sexual infantil. A investigação está a cargo da Dcav (Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima), no Centro.

Segundo a polícia, o médico confessou ter estuprado mulheres que estavam na mesa de cirurgia e de ter produzido vídeos de pornografia infantil.

De acordo com a Folha de São Paulo, o anestesista contou em depoimento à Polícia que “esfregava o pênis no rosto” das pacientes e que esperava estar sozinho no pré ou no pós-operatório para cometer os crimes.

A audiência de custódia foi realizada na tarde desta terça na Central de Audiência de Custódia, em Benfica, na Zona Norte do Rio.

A juíza Mariana Tavares Shu acatou o pedido do Ministério Público do Rio de Janeiro para a manutenção da prisão do médico, além de um novo exame de corpo de delito.

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Defesa de anestesista pede transferência

O advogado Mauro Fernandes da Silva, que faz a defesa do anestesista, requereu que ele seja transferido da Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, para um local que possa garantir sua segurança, por causa da repercussão do caso.

Solicitou ainda o encaminhamento de Andres para atendimento médico, pois o médico faz uso de remédio controlado.

Os pedidos foram acatados pela magistrada, que determinou ainda que o consulado da Colômbia seja notificado da prisão do anestesista.

Polícia começa a ouvir vítimas

Também nesta terça (17), a Polícia Civil começou a ouvir testemunhas do caso. Conforme a corporação, novos depoimentos estão previstos para ocorrer nesta semana e outras diligências são realizadas para concluir as investigações.

A polícia espera detalhar as unidades nas quais o médico trabalhou para encontrar possíveis novas vítimas, já que ele atuava também em unidades particulares.

Os atos de violência contra duas pacientes dopadas foram filmados e colocados em armazenamento virtual.

Cerca de 20 mil arquivos contendo imagens de abuso sexual infantil também foram encontrados.

As investigações tiveram início com a Polícia Federal, sendo o material repassado para os investigadores da Dcav.

Após os agentes identificarem duas vítimas por meio de metadados dos vídeos, elas foram chamadas na delegacia e se reconheceram nas gravações.

Nenhuma tinha conhecimento dos estupros, segundo os policiais.