Nos primeiros 5 meses de 2024, o Batalhão da Polícia Militar Ambiental (BPMA) realizou 1.501 resgates de animais silvestres em estradas da capital. Com o aumento do tráfego de veículos, em vista do feriado de Corpus Christi, aumenta-se o risco de acidentes que envolvem a fauna silvestre.
resgate de animais em 2024 superou 2023
O número de animais resgatados pelo BPMA em 2024 superou os resgates de 2023. No ano passado, os militares salvaram 1.478 animais do perigo na beira das estradas do DF. Ao todo, 328 dos mesmos estavam com ferimentos, 26 morreram e apenas um foi atropelado.
Entre as espécies silvestres salvas, estavam pássaros baianos, saruês e jiboias. O tenente Gutierre Morais, da divisão de logística do BPMA, explica que está sempre atento às chamadas que recebe pelo número 190, pois são de grande importância para o monitoramento das espécies na estradas.
“É necessária essa triagem porque às vezes não se trata de um animal silvestre ou o animal não está mais no local e é feito um deslocamento sem necessidade, o que influencia no número limitado de equipes e viaturas de transportes que temos atuando”, disse o militar.
Entretanto, a ajuda do Batalhão não é suficiente. Ademais, é necessário que os civis também colaborem para a proteção das espécies. Ao avistar um animal, em risco de atropelamento, a pessoa pode entrar em contato com o BPMA e seguir as seguintes orientações:
- Parar em local seguro;
- Sinalizar o local para alertar os outros motoristas;
- Não se aproximar do animal, para evitar a reação agressiva dos animais;
- Acionar o Batalhão pelo 190, para que a ocorrência seja gerada e o mesmo possa chegar ao local o mais rápido;
Risco do contato com as espécies
O Biólogo e supervisor do Hospital e Centro de Reabilitação da Fauna Silvestre (HFAUS), Thiago Marques, explica sobre a importância das pessoas evitarem o contato com os animais acidentados. Segundo ele, a transmissão de doenças para algumas espécies é fatal, pois muitas das vezes não conseguem reagir da mesma forma que humanos em tratamentos.
Além disso, o biólogo acrescenta que “Zoonoses como sarna, cinomose, parvovirose e até raiva podem ser transmitidas também, então a melhor alternativa é sempre evitar o contato e procurar as autoridades responsáveis”, afirma Thiago Marques.
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