Após ser alvo de polêmica por questões relacionadas ao agronegócio na prova de Ciências Humanas, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) voltou a abordar temas relacionados ao setor agrícola neste domingo (12).
Conhecimentos sobre pesticidas e as consequências do desmatamento foram cobrados dos alunos.
+ Envie esta notícia no seu WhatsApp
+ Envie esta notícia no seu Telegram
Segundo professores, as perguntas eram indiretas, sem viés ideológico ou críticas claras ao agro.
No último domingo (5), deputados ligados ao agronegócio criticaram a “ideologização do Enem” por perguntas que, segundo eles, teriam viés ideológico.
A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) chegou a pedir a anulação de três questões sobre a exploração do Cerrado e os prejuízos do agronegócio para os camponeses e o desmatamento da Amazônia no cultivo da soja.
A anulação foi descartada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep).
Uma das questões abordava o uso de pesticidas e perguntava quais amostras de fluidos humanos poderiam conter maior concentração deste produto.
O tema do desmatamento também foi abordado, mas de maneira indireta, falando sobre redução de população de abelhas e uma possível intervenção para evitar o declínio no número desses insetos.
Outra questão aborda a baixa fertilidade dos solos amazônicos e uma técnica utilizado por antigos habitantes da região para torná-la fértil.
O tema, porém, foi usado para cobrar conhecimentos sobre conceitos físico-químicos, como eletronegatividade.
RELACIONADAS
+ ‘Cunho ideológico’: bancada exige parecer sobre questões do Enem
+ Presidente do Inep afirma que não há motivos para anular itens no Enem