O arcabouço fiscal vai incluir a curva da dívida e o superávit primário, segundo anúncio divulgado pelo vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), nesta segunda-feira (20). 

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“Em relação aos juros, custo de capital, os juros altos dificultam o consumo, inibe investimento e encarece a dívida do governo. Dessa maneira, o governo vai encaminhar nos próximos dias o projeto de ancoragem fiscal, uma medida inteligente combinando curva da dívida, de outro lado superávit, e de outro lado o controle do gasto”, disse Alckmin.

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, também participou da abertura do seminário “Estratégias de Desenvolvimento Sustentável para o Século 21”, promovido pelo próprio banco.

O evento é realizado na sede do BNDES, no Rio de Janeiro. O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes, também participou.

Arcabouço fiscal e desafios para economia

Durante o discurso, o vice-presidente afirmou que são muitos os desafios, mas que os mais urgentes são impostos e juros. 

“Em relação ao imposto, o presidente Lula está empenhado na reforma tributária, estamos otimistas que ela possa avançar”, afirmou o vice-presidente.

A proposta simplifica cinco tributos de consumo, retira o crédito tributário acumulado, estimula a exportação e reduz o custo Brasil.

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Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, destacou que o cenário internacional tem três grandes tendências: resiliência das cadeias produtivas pós-pandemia, corrida tecnológica e emergência climática.

“O Brasil sempre foi conhecido como país do futuro, mas não haverá mais futuro sem o Brasil. […] Temos imensa responsabilidade na agenda ambiental e temos que voltar a liderar esse processo de proteção e de sustentabilidade”, afirmou. 

Ainda conforme o presidente do banco, o BNDES está entre os 2% das instituições com mais avanço na agenda social e ambiental no mundo e deve avançar ainda mais nesse quesito.

“Nosso foco é integrar a agenda econômica, social e ambiental, para que o país possa atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), realizar a transição justa para uma economia neutra em carbono e alcançar prosperidade econômica”, ressaltou.

Ainda de acordo com informações de Mercadante, o processo citado por ele traduz a forma da instituição de atuar.

“Desde as políticas que regem nossas atividades, passando pelos nossos compromissos até chegar nos resultados dessa atuação em prol do desenvolvimento sustentável”, enfatizou. 

**Sob supervisão de Francisco Santos