O artista plástico Alex Salvador foi o responsável pela escultura de São Jorge que hipnotizou a Passarela do Samba durante o desfile da Vila Isabel na segunda-feira (20).

+ Envie esta notícia no seu WhatsApp

+ Envie esta notícia no seu Telegram

Com 15 metros de altura, o destaque estava no carro Festas de São Jorge, o terceiro da escola.

O artista faz trabalhos para o Festival de Parintins e já é velho conhecido do carnaval carioca, já tendo elaborado carros para Portela e Mocidade.

A alegoria de metal que reproduz o enfrentamento entre São Jorge e o dragão, com projeção de luzes e movimentos articulados durante o embate, seria originalmente fechada.

Porém, os planos mudaram durante os dois meses de duração de sua construção.

Peça imortalizada

O carnavalesco Paulo Barros declarou que a escultura de São Jorge é o “carro da sua vida”. Nada mais justo que ele não se “acabe” na Quarta-feira de Cinzas”.

Durante a transmissão do desfile da escola, contou em uma entrevista que não pretende desmontar a peça.

Pelo contrário, quer levá-la para uma exposição em Miami, nos Estados Unidos. Ou seja: quer imortalizar a alegoria como uma obra de arte.

RELACIONADAS

+ Carnaval requer cuidados adicionais com a sua energia; saiba mais

+ FOTOS: veja como foi 2ª noite das escolas do Grupo Especial no RJ

+ Climão? Gabriel Medina e Yasmin Brunet se cruzam em camarote na Sapucaí

Artista fala da criação à execução da peça

O artista plástico contou que trabalhou na alegoria desde a sua criação à execução. Disse ainda que Paulo Barros queria um “São Jorge diferente” de todos que já tinham passado na avenida.

“E pediu que a gente olhasse movimentos baseados em robôs e animatronics. Fizemos todo um estudo, maquete, testes, até chegarmos à esse resultado. O Paulo Barros gostou da ideia de ser uma escultura vazada, ao estilo Parintins, como a gente faz muita escultura de ferro, que aparecesse as pessoas, se conseguisse visualizar quem mexia por dentro”, contou.

Em sua conta no instagram, Alex compartilha todo o processo de criação.

Artista de Parinstins compartilha o processo de criação - Foto: Reprodução/Instagram @alex_salvador1211
Artista de Parinstins compartilha o processo de criação – Foto: Reprodução/Instagram @alex_salvador1211

A ideia de levar a peça para uma exposição, na verdade, faz parte de um projeto que Paulo Barros tenta botar em prática desde 2015.

O carnavalesco disse que gostaria de montar espetáculos a cada fim de carnaval para aproveitar o material da Sapucaí.

“Ao fim de cada desfile tenho seis, sete palcos prontos, de três a quatro mil roupas também prontas. Venho tentando há vários anos produzir um espetáculo com todo esse lixo, que não é lixo… A gente recebe turistas no Rio o ano todo, que poderiam ver isso. Mas ainda não consegui…”, finaliza.

Vídeo compartilhado pelo artista: