O artista plástico Alex Salvador foi o responsável pela escultura de São Jorge que hipnotizou a Passarela do Samba durante o desfile da Vila Isabel na segunda-feira (20).
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Com 15 metros de altura, o destaque estava no carro Festas de São Jorge, o terceiro da escola.
O artista faz trabalhos para o Festival de Parintins e já é velho conhecido do carnaval carioca, já tendo elaborado carros para Portela e Mocidade.
A alegoria de metal que reproduz o enfrentamento entre São Jorge e o dragão, com projeção de luzes e movimentos articulados durante o embate, seria originalmente fechada.
Porém, os planos mudaram durante os dois meses de duração de sua construção.
Peça imortalizada
O carnavalesco Paulo Barros declarou que a escultura de São Jorge é o “carro da sua vida”. Nada mais justo que ele não se “acabe” na Quarta-feira de Cinzas”.
Durante a transmissão do desfile da escola, contou em uma entrevista que não pretende desmontar a peça.
Pelo contrário, quer levá-la para uma exposição em Miami, nos Estados Unidos. Ou seja: quer imortalizar a alegoria como uma obra de arte.
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Artista fala da criação à execução da peça
O artista plástico contou que trabalhou na alegoria desde a sua criação à execução. Disse ainda que Paulo Barros queria um “São Jorge diferente” de todos que já tinham passado na avenida.
“E pediu que a gente olhasse movimentos baseados em robôs e animatronics. Fizemos todo um estudo, maquete, testes, até chegarmos à esse resultado. O Paulo Barros gostou da ideia de ser uma escultura vazada, ao estilo Parintins, como a gente faz muita escultura de ferro, que aparecesse as pessoas, se conseguisse visualizar quem mexia por dentro”, contou.
Em sua conta no instagram, Alex compartilha todo o processo de criação.
A ideia de levar a peça para uma exposição, na verdade, faz parte de um projeto que Paulo Barros tenta botar em prática desde 2015.
O carnavalesco disse que gostaria de montar espetáculos a cada fim de carnaval para aproveitar o material da Sapucaí.
“Ao fim de cada desfile tenho seis, sete palcos prontos, de três a quatro mil roupas também prontas. Venho tentando há vários anos produzir um espetáculo com todo esse lixo, que não é lixo… A gente recebe turistas no Rio o ano todo, que poderiam ver isso. Mas ainda não consegui…”, finaliza.
Vídeo compartilhado pelo artista: