O assassino da ex-vereadora Marielle Franco confessou o crime e disse que iria lucrar até R$ 100 milhões com o assassinato de Marielle e do seu motorista, Anderson Gomes.

Segundo depoimento de Lessa aos policiais, ele iria lucrar com um loteamento clandestino na zona oeste do Rio de Janeiro como forma de pagamento.

“Era muito dinheiro envolvido. Na época, ele falou em R$ 100 milhões que, realmente, as contas batem. R$ 100 milhões seria o lucro do loteamento. São 500 lotes de cada lado. Na época, daria mais de US$ 20 milhões”, disse em depoimento veiculado pelo Fantástico, TV Globo.

Lessa disse que teve três encontros com os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão e eles ofereceram o loteamento como pagamento para o crime.

No caso, Marielle seria uma “pedra no caminho” e queria impedir que a milícia tivesse novos loteamentos.

“Isso foi o que o Domingos passou para a gente: ‘A Marielle vai atrapalhar e nós vamos seguir isso aí. Para isso, ela tem que sair do caminho’”, acrescentou Lessa, citando Domingos Brazão.

Relembre o assassinato de Marielle

Marielle Franco era vereadora do Rio de Janeiro pelo partido PSOL, defendia os direitos humanos, criticava a atuação violenta da Polícia Militar e a milícia no Rio de Janeiro.

Em 14 de março de 2018, Marielle e seu motorista, Anderson Gomes, foram assassinados a tiros no Rio de Janeiro.

Prisão dos suspeitos

Após seis anos de investigação, as autoridades prenderam três suspeitos como supostos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ).

No dia 24 de março, a Polícia Federal prendeu os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, juntamente com o delegado Rivaldo Barbosa.

Rivaldo era chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro.Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), e Chiquinho, deputado federal, estão entre os detidos.

Chiquinho, Domingos e  Rivaldo Barbosa foram presos   pela Polícia Federal. 

Foto: Reprodução
A Polícia Federal prendeu Chiquinho, Domingos e Rivaldo Barbosa. Foto: Reprodução