Há dois anos, o mundo assistiu uma multidão atacar agentes de segurança e invadir à força o Capitólio, sede do Poder Legislativo dos Estados Unidos (EUA).

O ato em Washington marcou o ápice da escalada antidemocrática incitada pelo ex-presidente Donald Trump.

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O ataque tentativa de impedir a diplomação do então presidente eleito Joe Biden, sob argumento de que as eleições tinham sido fraudadas.

De lá para cá, a investigação sobre a invasão do Capitólio se transformou na maior investigação criminal do Departamento de Justiça dos EUA em 153 anos de história.

Invasão ao Capitólio e extremistas

Em busca de pistas e de prender suspeitos, agentes federais já apreenderam centenas de celulares, interrogaram milhares de testemunhas.

Os oficiais também deram seguimento a dezenas de milhares de denúncias em um processo exaustivo que resultou até agora em mais de 900 prisões por todo o país.

Mas a investigação, por mais vasta que tenha sido, ainda está longe de ser concluída.

A investigação do “cerco ao Capitólio”, tem sido, entre outras coisas, um esforço para levar à justiça grupos extremistas, como os Proud Boys e os Oath Keepers.

Conforme as investigações, os grupos são os que desempenharam papéis centrais no ataque ao Capitólio.

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O inquérito ainda serve de pano de fundo para a investigação do procurador especial que está examinando os papéis que Trump e vários de seus assessores e advogados.

Essa investigação terá que determinar se os esforços de Trump para permanecer no poder violaram alguma lei federal.

Cerca de 950 pessoas foram acusadas de conexão com a invasão do Capitólio até agora e dezoito delas foram acusadas de conspiração sediciosa (revolta contra autoridade).

Entre os acusados, 11 são membros dos Oath Keepers e sete dos Proud Boys.

Cerca de 280 pessoas foram acusadas de um crime mais grave: agressão ou resistência à polícia.

O grupo inclui cerca de 100 pessoas que enfrentam acusações adicionais por uso de arma perigosa ou mortal.

Como estão as investigações?

Quase todos os dias, os promotores trazem mais alguns casos relacionados ao motim no Capitólio, alguns dos quais estão sob investigação há quase dois anos.

É impossível saber com certeza quantos novos casos poderiam ser abertos nas próximas semanas e meses, mas os promotores há muito dizem que até 2 mil pessoas infringiram a lei em 6 de janeiro de 2021.

“Nosso trabalho está longe de terminar”, disse o procurador-geral Merrick B. Garland em um comunicado divulgado na quarta-feira (4).