A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou mais 150 suspeitos de participação nos ataques em Brasília no dia 8 de janeiro, nesta sexta-feira (27).

Os atos antidemocráticos resultaram na depredação das sedes do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF).

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Conforme apuração do Metrópoles, os denunciados pela PGR foram detidos no acampamento em frente ao Quartel-General do Exército, um dia após os ataques.

Os suspeitos são acusados de associação criminosa e incitação ao crime equiparada pela animosidade das Forças Armadas contra os Poderes Constitucionais.

A PGR pede ainda que os crimes sejam considerados de forma autônoma e as penas, somadas.

Os 150 denunciados pela PGR estão presos preventivamente após passar por audiência de custódia.

Ao todo, o órgão já apresentou 254 denúncias sobre os atos golpistas.

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Ataques e o QG do Exército

Segundo o subprocurador-geral da República, Carlos Frederico Santos, o acampamento no QG demonstrava “uma evidente estrutura a garantir perenidade, estabilidade e permanência” dos bolsonaristas que defendiam o golpe.

A informação é divulgada no documento elaborado pelo Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos, a qual Carlos é coordenador. documento

O acampamento funcionava como uma espécie de vila, com local para refeição, feira, transporte, atendimento médico e atividades de lazer, conforme denúncia enviada ao STF.

O documento ressalta que há a possibilidade de oferecer novas denúncias, caso sejam encontrados outros crimes durante as investigações.