Os ataques em escolas passaram a ser uma realidade no Brasil recentemente. Para prevenir esse problema, a Polícia Civil de Roraima integra operação para prevenir ataques em escolas, desencadeada no Rio de Janeiro.‌

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Desde às primeiras horas desta quarta-feira, dia 08, a PCRR (Polícia Civil de Roraima) integrou a “Operação Server Out”, deflagrada pela DCAV (Delegacia da Criança e Adolescente Vítima), da Polícia Civil do Rio de Janeiro.

A ação faz parte de uma mobilização do MJSP (Ministério da Justiça e Segurança Pública), por intermédio do CIBERLAB (Laboratório de Operações Cibernéticas) da DIOPI (Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência).

A SENASP (Secretaria Nacional de Segurança Pública) também participou da operação para prevenir ataques em escolas.

Mais estados participam da operação contra ataques em escolas

A “Operação Server Out” foi deflagrada simultaneamente pelas Polícias Civis de Roraima, Bahia, Minas Gerais e São Paulo.

A Operação teve por objetivo prevenir ataques em escolas e cumpriu mandados de busca e apreensão em residências de adolescentes, bem como a prisão temporária de indivíduos que estavam planejando ataques a escolas por meio da plataforma DISCORD.

Em Roraima, a ação foi executada por policiais lotados no 5º DP (Distrito Policial) e DDIJ (Delegacia de Defesa da Infância e Juventude).

5º DP participa de operação contra ataques em escolas
5º DP participa da operação – Foto: PC-RR/Arquivo

De acordo com o delegado Jorge Wilton Nepomuceno, que coordenou os trabalhos, a operação policial em Roraima teve como objetivo realizar o cumprimento de dois mandados de busca e apreensão determinados pelo Juizado da Infância e Juventude do Rio de Janeiro.

Os mandados foram cumpridos em duas residências localizadas nos bairros Jardim Floresta e Asa Branca, na zona Oeste de Boa Vista.

Nos dois locais foram apreendidos CPUs, telefones celulares, tabletes, notebook e pendrives.

“Essa operação foi em obediência a uma ordem judicial emitida pelo Juizado da Infância e Juventude do Estado do Rio de Janeiro. É uma investigação da Polícia Civil daquele Estado e visa apurar crimes relacionados a atos de violência extrema em escolas, contra crianças, contra mendigos, contra pessoas que não poderiam se defender. Crimes esses, atos infracionais esses, planejados e organizados em plataformas específicas”, disse o delegado.

Nepomuceno falou, ainda, sobre os mandados de busca e apreensão realizados em Roraima.

“Nós cumprimos dois mandados de busca e apreensão em endereços relacionados a um adolescente, onde recolhemos computadores utilizados por ele. Inclusive ele confirmou que faz parte dessa plataforma, bem como celulares e demais equipamentos que possam ter sido usados no planejamento desses atos infracionais e desses crimes”, disse Nepomuceno.

Segundo Nepomuceno, os equipamentos serão enviados ao Instituto de Criminalística do Rio de Janeiro.

Desse modo, a equipe que está à frente das investigações, com as informações extraídas desses equipamentos, poderá dar continuidade ao trabalho de identificar os autores, aumentar a prova contra os que já existem e ampliar a investigação.

CRIMES IDENTIFICADOS – Durante as investigações da Polícia Civil do Rio de Janeiro para prevenir ataques em escolas, foi apurado indícios de crimes.

Entre os crimes, estão: Associação Criminosa majorada (art. 288, §único) e Incitação ao Crime (art. 286). Os dois crimes estão tipificados no Código Penal Brasileiro.

Foi encontrado pela polícia, também, Corrupção de Menores (art. 244-B do Estatuto da Criança e do Adolescente).

OPERAÇÃO SERVER OUT: O termo faz referência à indisponibilidade dos servidores online, utilizados como meio para a prática dos referidos crimes, bem como para a remoção de usuários que utilizam a plataforma para a prática de crimes previstos na legislação brasileira.

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