Após 44h dos atos antidemocráticos realizados em Brasília, no último domingo (8), a pressão para punição dos culpados aumenta para o ministro da Justiça, Flávio Dino, e o interventor federal, Ricardo Cappelli.

Na manhã desta terça-feira (10), os dois atualizaram as informações em suas redes sociais.

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Flávio Dino destacou que a invasão e depredação do Supremo Tribunal Federal (STF), do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto simbolizou a passagem do discurso de ódio para a realidade palpável.

“Migração do universo do ódio das redes sociais para a vida material”, disse.

O ministro da Justiça comparou os acontecimentos do Brasil com a invasão ao Capitólio, em Washington, que completou dois anos no último dia 6.

O episódio de depredação do Congresso Nacional estadunidense foi organizado por golpistas e apoiadores do ex-presidente Donald Trump que queriam impedir a diplomação de Joe Biden como presidente dos Estados Unidos.

No entanto, Dino ressaltou que há duas grandes diferenças entre os dois eventos. A primeira é que não há nenhum óbito nos atos antidemocráticos no Brasil.

Já a segunda diferença é que há mais presos envolvidos com as ações no país latinoamericano do que nos Estados Unidos.

O ministro relembrou que em Washington, cinco pessoas morreram por conta dos atos terroristas.

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Presos nos atos antidemocráticos

Sobre as prisões, aqui no Brasil, 176 pessoas envolvidas com as ações já foram transferidos para presídios no Distrito Federal.

Cerca de 1000 pessoas, que estavam no acampamento em frente ao Quartel-General (QG) do Exército, estão sendo interrogadas.

Nos EUA, foram 950 réus, com 192 condenações e 484 pessoas que admitiram ser culpados pelos atos antidemocráticos e terroristas.

O interventor federal, nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e responsável pela intervenção na segurança pública do Distrito Federal, Ricardo Cappelli, falou nesta terça(10) sobre as prisões.

Segundo Cappelli, em menos de 36h, o acampamento no QG foi desmontado e 1000 pessoas foram presas.

Além disso, houve a prova do comando da Polícia Militar no Distrito Federal. O coronel Fábio Augusto deixou o cargo para que o coronel Klepter Rosa Gonçalves assuma.