A audiência inicial de instrução e julgamento de Amarildo da Costa Oliveira, conhecido pelo “Pelado”; Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como “Dos Dantos”; e Jefferson da Silva Lima, conhecido como “Pelado da Dinha”, foi marcada pela Justiça Federal marcou para os dias 23, 24 e 25 de janeiro de 2023.

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O trio é investigado pelo assassinato do indigenista brasileiro Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips. No mês de julho, a justiça recebeu a denúncia contra os três.

Pereira e Phillips foram mortos a tiros no início de junho. Ambos tiveram os corpos queimados e enterrados durante uma expedição em uma região da Amazônia, o Vale do Javari.

O local é conhecido como palco de conflitos que têm se alastrado pela floresta: tráfico de drogas, roubo de madeira e avanço do garimpo.

Cronograma da audiência inicial

Nos primeiros dois dias de audiência serão ouvidas 15 testemunhas, sendo 13 de acusação e duas da defesa.

Já no terceiro e último dia da instrução, o juiz ouvirá, individualmente, cada um dos réus.

As audiências estão marcadas para iniciar sempre às 8h e deverão ser presididas pelo juiz Fabiano Verli.

Amarildo e Jefferson foram denunciados pelo crime de homicídio qualificado com ocultação de cadáveres. Já Oseney foi denunciado apenas pelo crime de homicídio qualificado.

Apontado como mandante dos assassinatos do indigenista e do jornalista, Rubens Villar Coelho, conhecido como Colômbia, está solto. A justiça concedeu a liberdade provisória ao suspeito no dia 6 de outubro.

O Ministério Público Federal (MPF) chegou a recorrer da decisão, mas o juiz federal Fabiano Verli manteve, no dia 18 de outubro, a liberdade provisória do suspeito.

O MPF recorreu novamente e aguarda a decisão da justiça.

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O crime

Bruno Pereira e Dom Phillips desapareceram quando faziam uma expedição para uma investigação na Amazônia.

No dia 5 de junho o indigenista e o jornalista passavam em uma embarcação pela comunidade de São Rafael, quando foram vistos pela última vez.

De lá, seguiam para a cidade de Atalaia do Norte. A viagem de 72 quilômetros deveria durar apenas duas horas, mas eles nunca chegaram ao destino.

Os restos mortais deles foram achados em 15 de junho. As vítimas teriam sido mortas a tiros e os corpos, esquartejados, queimados e enterrados.

Segundo laudo de peritos da PF, Bruno foi atingido por três disparos, dois no tórax e um na cabeça. Já Dom foi baleado uma vez, no tórax.

A polícia achou os restos mortais dos dois após Amarildo da Costa Oliveira confessar envolvimento nos assassinatos e indicar onde os corpos estavam.