O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, participou nesta terça-feira (5), de audiência marcada por tumulto nas comissões de Segurança Pública e de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados.

Foram 14 requerimentos de solicitação de convocação para que o ministro prestasse esclarecimentos sobre viagem de Luciane Barbosa Farias, “a dama tráfico amazonense”, a Brasília.

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Houve bate boca do ministro com os deputados Kim Katiguiri (União-SP), Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Marcos Pollon (PL-MS) e Bia Kicis (PL-DF), autores de requerimentos.

Sílvio Almeida contestou as denúncias da oposição em relação ao custeio da viagem a Brasília da “dama tráfico amazonense” e disse que os opositores queriam “requentar artificialmente” o assunto para “prejudicar um governo que enfrenta o tráfico, as milícias e o armamentismo irresponsável e selvagem”.

“No encontro do qual participou a mencionada senhora – que eu nunca vi, com a qual eu não me reuni, nem meus secretários nem meus assessores diretos –, foram os comitês estaduais que indicaram seus representantes. Este é o ofício recebido do estado do Amazonas. Mesmo que o ministério contasse com qualquer serviço de inteligência, o nome da mencionada senhora foi recebido no dia 3 de outubro pelo ministério e ela só veio a sofrer condenação no dia 8 de outubro”, afirmou o ministro.

Durante a sessão, Silvio Almeida classificou como “constrangedor” o pedido de impeachment protagonizado pelo deputado Rodrigo Valadares (União Brasil-SE).

“Trata-se de um pedido de impeachment constrangedor, para quem escreveu e assinou, não para mim. Uma peça jurídica de 5ª categoria, se fosse uma prova da OAB, a pessoa que a fez não seria aprovada”, disse o ministro.

Silvio Almeida repudiou as “insinuações maliciosas”, e as descreveu como “até criminosas”.

“Sou professor de Direito há mais de 20 anos, reconhecido nacional e internacionalmente. A difamadores, restará o rigor da lei e é nesse campo que serão por mim tratados”, concluiu o ministro.

Em novembro, o ministério confirmou ter pago uma das viagens de Luciane  a Brasília, indicada pelo comitê amazonense para representar o estado, e informou que custeou a viagem para que ela participasse do encontro nacional dos Comitês e Mecanismos de Prevenção e Combate à Tortura (CNPCT), que ocorreu nos dias 6 e 7 do mesmo mês.

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