A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou nesta terça-feira (14), o convite para o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto.

Ele deve falar com a comissão no dia 4 de abril sobre a taxa Selic.

A proposta foi feita pelo senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), recém-eleito como presidente da CAE.

+ Envie esta notícia no seu WhatsApp

+ Envie esta notícia no seu Telegram

Em fevereiro, quando ele ainda não havia sido eleito, Vanderlan havia acertado com Campos Neto para que o presidente do BC explicar a política monetária na comissão.

Na próxima semana, entre os dias 21 e 22 de março, deve acontecer a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) para discutir a taxa Selic e a situação econômica do Brasil. 

RELACIONADAS

+ Haddad e Campos Neto se reúnem no Ministério da Fazenda

+ Confira desdobramentos do atrito entre Lula e Banco Central

Lula X BC

Desde a sua posse, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tem feito duras críticas nominais ao presidente do BC, Campos Neto.

O motivo é a taxa de juros alta, que foi mantida em 13,75%, sob a justificativa de alta nos gastos públicos no início de governo.

O petista ainda alerta para uma iminente crise de crédito diante de um cenário que diz ser prejudicial ao crescimento econômico, tendo em vista a alta de juros.

Além disso, o petista também questionou a independência do órgão, já que Campos Neto é indicação de Bolsonaro e não pode ser ‘demitido’. Lula afirmou que em seu último mandato o órgão já tinha autonomia para realizar suas ações.

Em contrapartida, Campos Neto adotou uma postura conciliatória, reiterando que o BC deve trabalhar junto com o governo e que o juros é apenas uma ferramenta para controlar a inflação no país.

Campos Neto se reuniu recentemente com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad para falar sobre assuntos de interesses do BC e do ministério da Fazenda e a iminente tensão entre o Banco Central e o Governo Federal.

Ainda assim, a relação entre Campos Neto e Lula permanece em clima de tensão.