O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, pediu vista e suspendeu o julgamento sobre alcance do foro privilegiado nesta sexta-feira (29).

Com o julgamento suspenso, não há prazo para a conclusão do caso.

O ministro Gilmar Mendes, ralator do caso, defende que o foro privilegiado seja mantido mesmo em julgamentos de casos após o fim de mandatos políticos.

Acompanham o voto do relator os ministros Cristiano Zanin, Flávio Dino, Alexandre de Moraes e Dias Toffoli.

Os demais ministros devem votar até a segunda-feira (8).

Julgamento

O caso é baseado no habeas corpus protocolado pelo senador Zequinha Marinho (PL-PA).

O senador é réu em uma ação penal na Justiça Federal do Distrito Federal (TJDF) por supostamente ter participado de esquema de rachadinha em seu gabinete entre 2007 e 2011, quando era deputado federal.

De acordo com as acusações, Marinho exigiu de seus funcionários a devolução mensal de 5% dos seus salários para as contas do partido PSC.

“A própria denúncia indica que as condutas imputadas ao paciente foram praticadas durante o exercício do mandato e em razão das suas funções”, destacou o ministro Gilmar Mendes.