Em 1º de julho, o Papa Francisco canonizou José Allamano, fundador dos missionários e missionárias da Consolata, durante um Consistório Público.
O Vaticano reconheceu a santidade de Allamano através do milagre da cura do indígena Sorino Yanomami, ocorrido em 1996, na Terra Indígena Yanomami, em Roraima.
A festa litúrgica de José Allamano é celebrada em 16 de fevereiro. Com o milagre recente, o Papa anunciou que em breve convocará uma cerimônia oficial de canonização.
O milagre indígena
Os missionários da Consolata chegaram à Amazônia em 1948, com atuação destacada em Roraima. Eles se dedicaram aos povos indígenas nas Terras Indígenas Raposa-Serra do Sol e Yanomami. Foi na missão de Catrimani, na Terra Yanomami, que ocorreu o milagre atribuído a José Allamano.
Em 7 de fevereiro de 1996, Sorino Yanomami, de 40 anos, foi atacado por uma onça. Ele sofreu ferimentos graves, incluindo exposição cerebral. Inicialmente atendido na missão Catrimani, ele foi transferido para um hospital em Boa Vista.
Durante o tratamento de Sorino, os missionários invocaram a intercessão de Allamano, colocando uma relíquia junto à cama do paciente. Contra todas as expectativas médicas, Sorino se recuperou completamente e voltou à vida normal em maio de 1996.
Em 2020, Dom Mário Antônio da Silva, bispo de Roraima, nomeou um Tribunal Diocesano para investigar o milagre. Após análise, o Vaticano aprovou as conclusões.
A vida do beato José Allamano
José Allamano nasceu em 21 de janeiro de 1851, em Castelnuovo d’Asti, Itália. Influenciado por São José Cafasso e Dom Bosco, ele foi ordenado sacerdote em 1873.
Durante 46 anos, Allamano foi Reitor do Santuário da Consolata em Turim, transformando-o em um centro de devoção mariana e formação sacerdotal.
Allamano fundou o Instituto dos Missionários da Consolata em 1901 e das Missionárias da Consolata em 1910, com foco nas missões na África. Ele faleceu em 1926 e foi beatificado pelo Papa João Paulo II em 1990.
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