O clima de romance pode chegar no seu ‘bloquinho de Carnaval’ e, na hora do beijo na boca, é importante estar à par das formas de prevenção.

A troca de carinho no Carnaval, apesar de ser, aparentemente, ‘inofensiva’, pode facilitar a transmissão de diversas doenças.

Uma das mais conhecidas é a ‘Doença do Beijo’ (mononucleose infecciosa), mas as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) também merecem atenção.

Em ambos os casos, é importante estar bem-informado sobre as formas de prevenção, para aproveitar as comemorações sem preocupações.

Doença do beijo

Causada pelo vírus Epstein-Barr, a mononucleose é transmitida pela saliva, como no beijo na boca, ou por utensílios contaminados.

Dentre os sintomas, o infectologista Marcelo Cordeiro destaca as seguintes manifestações:

  • Febre;
  • Dor de garganta;
  • Inchaço dos gânglios linfáticos;
  • Fadiga intensa;
  • Aumento do baço.

Segundo ele, que também é consultor médico do Sabin Diagnóstico, uma pessoa assintomática pode transmitir a doença até um ano após a infecção.

Como prevenir?

O especialista destaca que, para evitar a Doença do Beijo, é importante evitar compartilhar itens pessoais, como copos e talheres.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico é realizado através de exames de sangue, que detectam alterações ou a presença de anticorpos para o vírus Epstein-Barr.

Com um possível disgnósico da doença, a preocupação se torna o tratamento, feito, apenas, com o intuito de amenizar os sintomas.

“Não existe um tratamento específico para a doença, mas podem ser indicados analgésicos, antitérmicos e anti-inflamatórios para aliviar os sintomas. A principal orientação é que o paciente sempre procure auxílio profissional, com um médico. Também é importante evitar exercícios físicos, descansar, hidratar-se bem e ingerir alimentos leves”, aconselha o especialista.

ISTs

Além das transmitidas pelo beijo na boca, outras infecções merecem atenção durante o Carnaval.

Algumas infecções são transmitidas através do sexo, a clamídia, gonorreia, tricomoníase e sífilis, que são curáveis.

Por outro lado, há aquelas infecções que ainda não têm cura, mas possuem tratamento, com o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV – em inglês).

Além dela, podem ser citadas o Herpes e o Papiloma Vírus Humano (HPV).

“Para as quais ainda não há vacinas, a principal dica de prevenção é a utilização de preservativo, seja interno ou externo, durante as relações sexuais. Da mesma forma, é importante fazer exames de ISTs antes de cair na folia, porque pode possibilitar não só um tratamento em tempo, mas também evitar a disseminação da infecção”, orienta o médico.