Um estudo conduzido pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) investiga o potencial de bioativos encontrados em cogumelos para combater radicais livres e auxiliar na prevenção de doenças.

Além disso, a pesquisa tem como objetivo avaliar a produção de cogumelos comestíveis e medicinais, tanto comercialmente disponíveis quanto isolados no bioma amazônico.

O foco está na identificação de moléculas bioativas como proteínas, carboidratos e antioxidantes.

Em 2022, um estudo foi realizado para investigar espécies de cogumelos que podem auxiliar no combate a doenças.

Objetivo dos métodos utilizados

De acordo com análises preliminares, métodos são estudados para otimizar o cultivo de fungos, maximizar a produção dos componentes e caracterizar a composição química.

A responsável pelo estudo, Ceci Sales da Gama Campos, coordena os esforços para compreender a síntese de compostos bioativos específicos pelos cogumelos e explorar as potenciais aplicações na área farmacológica e nutricional.

Ampliação do estudo

A pesquisadora destaca que embora testes iniciais em algumas linhagens celulares de câncer mostrem resultados promissores, é fundamental ampliar os estudos para diferentes tipos de células cancerígenas.

O próximo passo do estudo é potencialmente desenvolver um suplemento nacional à base de cogumelos. No entanto, o processo requer um planejamento para escalonar a produção de forma eficiente e garantir a qualidade do produto final.

“Positivamente sabemos quais são as proteínas de defesa que estes compostos estimulam o sistema imune a produzir”, disse Ceci Campos.

Potenciais benefícios na saúde humana

A pesquisadora também observou que os compostos presentes nos cogumelos podem ajudar a proteger as células corporais contra danos, bem como contribuem para a prevenção de doenças.

Até agora, a pesquisa conseguiu produzir cogumelos comestíveis em escala piloto, notáveis por seu alto teor de proteínas e fibras, além de baixo conteúdo lipídico, aspectos cruciais para a promoção da saúde humana.

Polissacarídicas

As frações polissacarídicas (bioativos) obtidas de duas linhagens de cogumelos estudadas demonstraram potencial imunomodulador, reduzindo moléculas inflamatórias que contribuem para o desenvolvimento do câncer.

“Testamos esses bioativos em ratas prenhes e observamos a redução de triglicerídeos e colesterol, quando estas foram alimentadas com uma linhagem de cogumelo regional”, disse Ceci.

Seu ponto de acesso para notícias no Amazonas, Brasília, Acre, Roraima, Tocantins e
Rondônia é o Portal Norte. Informações atualizadas e de confiança.

*Com informações da assessoria