O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) assumiu nesta sexta-feira (1º), durante evento da COP 28, em Dubai, a presidência do Comitê Diretor da Coalizão Verde, união inédita entre o BNDES e 17 bancos públicos de fomento dos países da bacia amazônica, em parceria com Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Banco Mundial e Corporação Andina de Fomento (CAF).

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Essa aliança internacional visa promover o reflorestamento e o desenvolvimento sustentável na Amazônia, com a meta de mobilizar entre US$ 10 e US$ 20 bilhões para negócios e iniciativas na região até 2030.

“Essa colaboração técnica e financeira permite soluções regionais e mecanismos mais ágeis e abrangentes para encontrar alternativas sustentáveis, de um ponto de vista socioambiental, para a diversa e plural população amazônica, nas cidades e na floresta. Esse é um grande legado que a América Latina pode proporcionar para o mundo”, afirmou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

O plano apresentado pelo Comitê da Coalizão delimitou quatro frentes de trabalho para os próximos dois anos: soluções inovadoras para mobilização de recursos (subvenções, empréstimos, mercados de capitais e esquemas de financiamento misto, etc.), identificação das necessidades e visões de desenvolvimento local para respaldar novas oportunidades de financiamento, criação de um laboratório de inovação financeira para elaborar produtos para a região e estabelecimento de um Marco Comum de Finanças Sustentáveis adaptado ao território para alocação eficaz e transparente de recursos.

“O Banco identifica como desafios prioritários, a partir de sua experiência na Amazônia, a regularização de terras, a logística, o acesso à energia e à internet, a segurança, o saneamento, a necessidade de desenvolver o ecossistema empresarial e a falta de assistência técnica rural, bem como garantias e instrumentos de mitigação de riscos para atrair investimentos”, destacou Mercadante.

Já o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Ilan Goldfajn, apontou o potencial transformador da sinergia entre as instituições. “Estamos focando nossos esforços para o fomento e integração de atividades econômicas sustentáveis ​​que ofereçam alternativas voltadas à proteção da saúde do bioma amazônico em benefício das gerações presentes e futuras”, contextualizou.

Os resultados do plano de Trabalho apresentados serão levados à COP-30, que acontecerá em 2025, em Belém (PA), mesmo local onde a Coalizão Verde foi lançada, durante a Cúpula da Amazônia.

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