O ex-presidente Jair Bolsonaro foi orientado por aliados e advogados a ficar em silêncio até o dia 22 de junho.
A data em que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vai iniciar o julgamento que pode torná-lo inelegível.
O discurso de Bolsonaro nesta quarta-feira (14), durante a filiação do ex-ministro Marcelo Queiroga ao PL, foi visto por aliados como uma aceitação prévia da derrota na corte eleitoral.
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“A vida de candidato a qualquer cargo do Executivo não é fácil […] Eu tenho mais de 500 processos, mais como gestor, bem mais pra lá do que pra cá, acho que contribui bastante para o futuro do meu país, juntamente com muitos de vocês, e posso contribuir ainda, aconteça o que acontecer”, destacou o presidente sem citar diretamente o julgamento.
Mesmo com a proposta, o ex-presidente não se calou disse que não vai mudar o jeito de agir. “Ninguém vai mudar a nossa maneira de agir por causa que possivelmente alguns poucos, queiram na marra manter ou trabalhar por um regime que não deu certo em nenhum lugar do mundo”, completou
O ex-presidente recebeu orientação de não provocar os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), em especial, Alexandre de Moraes, que é presidente do TSE.
Mesmo tendo evitado o confronto direto com os magistrados, Bolsonaro alfinetou a política do Brasil.
“A gente sabe como que é a política brasileira e já sabemos também como é a Justiça aqui no Brasil. Então, a gente se prepara para que, aconteça o que acontecer, […] a gente se prepara com muita altivez, para buscar alternativas”, destacou.
Hoje, uma das maiores preocupações no partido é a possibilidade de Bolsonaro ser derrotado por unanimidade no TSE, ou seja, que os sete ministros votem para que ele se torne inelegível.
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Julgamento Bolsonaro
O dia 22 de junho foi escolhido para a realização do julgamento da ação que pode deixar inelegível o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A data foi marcara pelo ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
As sessões dos dias 27 e 29 também foram reservadas para o julgamento.
O ex-presidente é alvo de processo em que o PDT o acusa de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicações por conta de uma reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada, em julho de 2022, em que ele levantou dúvidas sobre o sistema eleitoral.