A Polícia Federal (PF) indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 11 pessoas no “inquérito das joias”, na tarde desta quinta-feira (5). Ao invés de incorporar ao Estado os presentes recebidos em viagens oficiais, Bolsonaro teria ficado com as peças e vendido no exterior.
Dentre os indiciados estão dois dos advogados do ex-presidente: Frederick Wassef e Fabio Wajngarten. Eles respondem pelos crimes de associação criminosa, lavagem de dinheiro e apropriação de bens públicos.
Wassef comprou o relógio Rolex de volta e o entregou às autoridades brasileiras. Segundo o advogado, ele fez a operação por iniciativa e recursos próprios.
Veja o resumo da cronologia do imbróglio, segundo investigações da PF:
• 30/10/2019 – Em visita a Riad, na Arábia Saudita, Bolsonaro recebe o relógio Rolex e um kit de joias de presente.
• 11/11/2019 – Por ordem de Bolsonaro, o kit é protocolado como “Acervo Privado”.
• 06/06/2022 – O tenente Osmar Crivelatti assina a retirada do Rolex do “Acervo Privado” e o destina ao gabinete de Bolsonaro.
• 13/06/2022 – Mauro Cid vai à Pensilvânia (EUA) vender o Rolex.
• 13/06/2022 – O Rolex é vendido por R$ 346.983,60. O valor é depositado na conta bancária de Mauro Cesar Lourena Cid, pai de Mauro Cid.
• 30/12/2022 – Novos itens do conjunto “Ouro Branco” são retirados do Brasil, transportados no avião presidencial.
• 08/03/2023 – Após a imprensa revelar o escândalo, envolvidos criam operação para resgatar as peças
• 11/03/2023 – Frederick Wassef viaja para os EUA para recomprar o Rolex.
• 15/03/2023 – Em troca de mensagens, Mauro Cid e Fábio Wajngarten dizem temer que o Tribunal de Contas da União (TCU) determinasse a devolução imediata dos itens de luxo.
• 27/03/2023 – Mauro Cid embarca para os EUA para recuperar as demais peças do kit de joias.
• 02/04/2023 – Wassef entrega o Rolex a Mauro Cid.
• 04/04/2023 – Kit de joias é entregue na Caixa Econômica Federal pela defesa de Jair Bolsonaro
• 04/07/2024 – Polícia Federal conclui inquérito das joias, indiciando Bolsonaro e outras 11 pessoas.
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