O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), por meio de sua equipe, negou nesta sexta-feira (16) que teria participado do golpe Estado com militares.

Bolsonaro afirmou que os diálogos divulgados pela imprensa entre Mauro Cid com o coronel do Exército Jean Lawand comprovam que ele não quis dar golpe de Estado.

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A declaração do ex-presidente foi feita por meio de nota, assinada pelos advogados:

  • Paulo Amador da Cunha Bueno (OAB/SP n.º 147.616); Daniel Bettamio Tesser (OAB/SP n.º 208.351); e Fábio Wajngarten (OAB/SP n.° 162.273).

Na nota, é informado que o celular do ex-presidente se tranformou em uma caixa de correspondências que registrava “diversas lamentações”

Leia a nota na íntegra:

“Os novos diálogos revelados pela revista Veja comprovam, mais uma vez, que o presidente Bolsonaro jamais participou de qualquer conversa sobre um suposto golpe de Estado. Registramos, ainda, que o ajudante de ordens, pela função exercida, recebia todas as demandas – pedidos de agendamento, recados etc – que deveriam chegar ao presidente da República. O celular dele, portanto, por diversas ocasiões se transformou numa simples caixa de correspondência que registrava as mais diversas lamentações”,

Nas mensagens de Mauro Cid com o coronel do Exército Jean Lawand, reveladas por VEJA nesta semana, mostram que os militares dialogavam sobre um golpe militar no Brasil.

A conversa se dá no dia 21 de dezembro, dia em que Lawand é informado de que Bolsonaro não “daria a ordem” ao Exército para implementar um golpe militar no país.

“Na escuta? Soube agora que não vai sair nada. Decepção, irmão”, diz Lawand a Cid, lamentando a não deflagração do golpe. “Entregamos o país aos bandidos”, segue o coronel. Cid responde também em tom de lamento: “Infelizmente”.

“Peça, por favor, para avisarem ao povo que esta há 52 dias cagando em banheiro químico, dormindo mal e pegando chuva. Ele merece saber a verdade. Que Deus se apiede dessa Nação”, diz Lawand.

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