O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, em visita oficial ao Brasil nesta sexta-feira (3), no Palácio do Planalto. Ao final da reunião bilateral, 40 memorandos de cooperação foram assinados.

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Os dois líderes dialogaram sobre investimentos e cooperação em comércio exterior, transição energética, agropecuária sustentável e recuperação de terras degradadas. 

“O Brasil é um país que oferece todas as possibilidades na construção de parceria entre empresários brasileiros e empresários japoneses”, disse o presidente brasileiro em declaração à imprensa.

Em 2023, o Japão foi o 2º parceiro comercial do Brasil na Ásia e o nono no mundo, com intercâmbio comercial de US$ 11,7 bilhões e superávit brasileiro de cerca de US$ 1,5 bilhão. A comitiva de empresários japoneses que acompanhou a visita é integrada por 46 empresários, dos principais ramos da economia japonesa.

“Queria que os empresários japoneses que vieram ao Brasil pensassem, quando estiverem pensando em fazer algum investimento, olhem para o mapa do mundo e falem: é no Brasil que vou fazer investimento, porque é lá que o japonês ficou, é lá que o japonês encostou, é lá que o japonês está morando e é lá que nós temos quase 3 milhões de habitantes”, completou.

ACORDOS 

Do total de 40 memorandos de cooperação assinados durante a visita, quatro são no âmbito do setor público e 36 entre empresas brasileiras e japonesas. “Esses memorandos se tornarão um dispositivo de estímulo para elevar as relações econômicas bilaterais para o próximo nível”, sinalizou o primeiro-ministro japonês.

No âmbito governamental, destaca-se a cooperação na área da agricultura e melhoria de terras degradadas, associada à segurança alimentar e à mitigação do aquecimento global, no âmbito da iniciativa “Parceria Verde Japão-Brasil”. Para o Japão, o Brasil é um parceiro estratégico para a segurança alimentar da população.

Na declaração à imprensa, após a reunião bilateral, Fumio Kishida mencionou haver um grande potencial nas relações bilaterais e também com o Mercosul. Ele mencionou intenção do Japão de aprofundar relações com o bloco, com vistas a desenvolver um acordo comercial.