De julho a novembro, as temperaturas no Brasil foram registradas acima da média histórica. É o que revelou nesta quinta-feira (7), dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Nos últimos meses, o Inmet analisou dados de temperatura média do ar em todo o Brasil, provenientes de suas estações.

Setembro destacou-se, apresentando o maior desvio desde 1961, com 1,6°C, seguido por novembro, com 1,5°C acima da média climatológica de 1991/2020.

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O aumento expressivo da temperatura foi atribuído à onda de calor em novembro, semelhante à ocorrida em setembro, porém mais abrangente e persistente, com doze dias seguidos de temperaturas acima da média.

O calor extremo em 2023, observado em grande parte do país, foi influenciado pelos efeitos do El Niño, causado pelo aquecimento acima da média das águas do Oceano Pacífico Equatorial.

Além do aquecimento dos oceanos, outros fatores, como o aumento das emissões de gases do efeito estufa, contribuem para eventos climáticos cada vez mais extremos.

Segundo a versão provisória do Estado Global do Clima 2023, publicada pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) em novembro, a temperatura média global até outubro superou a média de 1850/1900 em 1,4°C. Assim, 2023 é considerado o ano mais quente em 174 anos de extensão, ultrapassando 2016 e 2020.

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