O Brasil possui 1,3 milhão de quilombolas. É o que mostram os dados do Censo 2022 divulgados nesta quinta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Esta é a primeira vez que o Censo incluiu em seus questionários perguntas para identificar pessoas que se autodenominam quilombolas.

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A região com a maior concentração de quilombolas é o Nordeste, com 70%;

Segundo o IBGE, são quase 474 mil domicílios com pelo menos um morador quilombola, e com a média de moradores mais elevada (3,17) do que a média nacional (2,79).

Bahia e Maranhão concentram cerca de 50% dos descendentes das comunidades escravas.

Apesar da grande concentração, existem quilombolas em quase todos os estados do país, com exceção de Roraima e Acre.

Segundo o relatório do Instituto, quase um terço dos quilombolas do Brasil estão na Amazônia Legal.

Das 5.570 cidades do país, 1.696 têm moradores quilombolas (30,5%).

Delimitação dos quilombos

Mais de 1 milhão dos brasileiros que se autodeclaram quilombolas não reside nas 494 áreas oficialmente delimitadas para esta população.

Nestes espaços habitam apenas 167 mil descendentes de escravos.

Os quilombos surgiram durante a colonização brasileira e eram vistos como espaços de liberdade e resistência onde viviam comunidades de pessoas escravizadas entre os séculos XVI e XIX.  

Em 1988, foi instituído pela Constituição a nomenclatura “remanescentes de comunidades de quilombos”, mas ao longo dos anos o termo foi substituído por “quilombo”.

Uma pessoa que se autodetermina quilombola tem ligações históricos e ancestrais de resistência com a comunidade e com a terra em que vive.

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