A vacina bivalente contra a Covid-19 começa a ser aplicada nesta segunda-feira (27), em todo o país.
+ Envie esta notícia no seu WhatsApp
+ Envie esta notícia no seu Telegram
De acordo com o Ministério da Saúde, a vacina melhora a imunidade contra o vírus da cepa original e também contra a variante Ômicron e tem perfil de segurança e eficácia semelhante ao das vacinas monovalentes.
“A vacina monovalente, como o próprio nome diz, tem um tipo só do vírus que causa a covid. Ela foi originalmente desenhada com aquele chamado vírus ancestral, o primeiro que apareceu na China no fim de 2019. Então, todas as vacinas que a gente tinha e usou até agora eram monovalentes, independentemente do laboratório fabricante”, explicou o diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações, Juarez Cunha.
Inicialmente, a vacina será aplicada somente nos chamados grupos de risco.
Conforme divisão anunciada pelo ministério, a imunização será feita da seguinte forma:
27/02:
- Pessoas acima de 70 anos;
- pessoas vivendo em instituições de longa permanência (ILP);
- pacientes imunocomprometidos a partir de 12 anos;
- e comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas;
06/03:
- Pessoas de 60 a 69 anos;
20/03:
- Gestantes e puérperas;
17/04:
- Trabalhadores da saúde;
- pessoas com deficiência permanente a partir de 12 anos;
- população privada de liberdade;
- adolescentes cumprindo medidas socioeducativas;
- e funcionários do sistema de privação de liberdade.
A meta é vacinar 90% da população-alvo.
“Essas populações, do que a gente tem nesses três anos de pandemia, são as pessoas que mais sofreram e mais sofrem com a doença. É importante termos um planejamento porque não tem vacina suficiente para incluir toda a população com a bivalente. A tendência é que, com o passar do tempo, a gente vá aumentando os grupos que vão receber.”
RELACIONADAS
+ Anvisa aprova uso de vacinas bivalentes da Pfizer contra Covid-19
+ Covid-19: Manaus inicia oferta da vacina bivalente contra a doença
+ AM recebe mais 64,8 mil doses de vacina bivalente contra Covid-19
No Brasil, duas vacinas bivalentes, ambas produzidas pelo laboratório Pfizer, receberam autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso emergencial.
Elas são indicadas como dose única de reforço para crianças e adultos, após dois meses da conclusão do esquema vacinal primário, ou como última dose de reforço.
“Para quem é recomendada a bivalente? Só como reforço. Para pessoas que foram plenamente vacinadas com o esquema primário que, em geral, são duas doses ou dose única. Mesmo para aquelas que já fizeram a terceira e a quarta doses, dois reforços”, disse Juarez. “Essas pessoas que têm essa vacinação já feita, desde que tenham se passado quatro meses da última dose, podem receber a bivalente.”
O ministério reforça que as vacinas monovalentes contra a covid-19 seguem disponíveis em unidades básicas de Saúde (UBS) para a população em geral e são classificadas como “altamente eficazes contra a doença”, garantindo grau elevado de imunidade e evitando casos leves, graves e óbitos pela doença.
Demais grupos
Além dos grupos prioritários, o ministério também quer intensificar a campanha com a vacina monovalente para os maiores de 12 anos. A recomendação é:
- Uma dose de reforço para quem tem até 40 anos;
- Duas doses de reforço para quem tem mais de 40 anos.
A Pfizer, assim como a Anvisa, reforça que a vacina monovalente original continua sendo importante instrumento no combate à Covid-19.