Nesta sexta-feira, 18, Fernando Alves Ferreira se apresentou à Justiça declarando-se culpado pela morte da jovem Eduarda Santos de Almeida, de 27 anos, em Bariloche, na Argentina.

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Fernando, pai dos dois filhos da mulher, alegou que estava ‘correndo risco de vida’ por ter notado que faltavam munições de uma arma que o casal brasileiro tinha.

O corpo de Eduarda foi encontrado na região turística de Circuito Chico, com vários hematomas e marcas de nove tiros. O assassino confesso morava com a vítima.

Ferreira se apresentou à Justiça, mesmo contra a recomendação dos advogados de defesa, segundo o jornal argentino El Cordillerano.

“Gostaria de receber apoio psicológico e me declaro culpado pela morte de Eduarda Santos. Sou responsável. Não planejei, mas tive a opção, considerando que minha vida estava em perigo. Desculpe, mas minha vida veio em primeiro lugar”, disse o criminoso.

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Além de acompanhamento psicológico, o feminicida também pediu investigação no celular e disse que a segurança dos filhos estaria em primeiro lugar.

“Minha cunhada já chegou em Bariloche e é responsável pelos meus filhos. Neste momento, é a coisa mais importante para mim”, disse.

Fernando também disse que se arrepende de ter matado Eduarda, mas não liga para a sentença que pegará.

“Eu me arrependo de ter assassinado alguém, claro que sim. Não me lembro bem onde está a arma. Eu me lembro quando estava em casa, mas não quando cheguei. Eu não sei se eles vão me dar uma sentença de prisão perpétua, eu realmente não me importo mais”, exclamou.

Segundo Ferreira, ele e Eduarda encontraram a arma e a munição assim que se mudaram com os filhos para a casa. Um certo dia, ele percebeu que balas haviam sumido, o que levantou suspeitas da parte dele.

“Sim, havia uma caixa cheia de munições. Eu e a Eduarda consertamos a garagem e vimos uma caixa completa. Encontramos a arma. Estava com a caixa cheia de munição. Ao chegar em casa, a caixa não estava completa. Vendo isso, planejei maneiras de me proteger”, justificou.

Imagem: Reprodução/Internet – Fernando Alves Ferreira: assassino confesso de Eduarda Santos

O homem ainda relatou uma rotina de violência entre o casal. Investigadores também apuram a informação de que, apesar de ter tido filhos gêmeos com a vítima, Ferreira teria registrado as crianças no nome dele e de outro homem com quem foi casado, já falecido.

“Em nenhum momento Eduarda foi submissa. Fiquei viúvo há sete meses. A violência que sofríamos em nossa casa era constante. A prioridade sempre foi meus filhos, eles nunca vivenciaram uma situação de agressividade ou violência. Voltar ao Brasil não era uma opção. Eu não fugi porque não quis, eu poderia ter feito isso. Aqui meus filhos estão protegidos. A família do meu falecido marido mora com eles. Se a Justiça Argentina mandar meus filhos para o Brasil, eles arriscam a vida deles”, afirmou.

A família da vítima realiza uma campanha para trazer ao Brasil o corpo de Eduarda, com auxílio da Associação dos Servidores do Ministério Público do Rio de Janeiro.

No Facebook, a instituição pede ajuda para os trâmites fúnebres e transporte das crianças. Além dos dois filhos com Fernando, Eduarda tinha outro filho na Argentina.

“A família está precisando de ajuda financeira para contratar assistência jurídica e comprar passagens aéreas para acompanhar o caso e trazer as crianças de volta para ao país”, diz a publicação da associação.

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