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Moraes mantém prisão de 140 pessoas por ligação com atos de terror em Brasília

Moraes vota a favor de condenar mais 29 acusados por participarem dos atos de 8 de janeiro - Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O ministro Alexandre de Moraes votou a favor de condenar mais 29 acusados por participação no 8 de janeiro - Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu manter presas 140 pessoas envolvidas nos atos de terrorismo de 8 de janeiro, em Brasília.

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O ministro decidiu ainda libertar outras 60 pessoas detidas no dia dos atos, quando manifestantes bolsonaristas invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o STF.

No caso dos 140 radicais que foram mantidos detidos, o ministro converteu a prisão em flagrante deles em prisão preventiva, que não tem prazo para terminar.

Em nota, o ministro justificou a medida apontando a necessidade de garantir a ordem pública e “a efetividade das investigações”.

De acordo com Alexandre, há evidências de que os 140 presos cometeram os seguintes crimes:

Conforme determina a legislação, uma prisão preventiva pode ser decretada como garantia da ordem pública, ordem econômica, conveniência da instrução criminal ou aplicação da lei penal.

Isso vale apenas para casos em que houver prova da existência do crime e indícios suficientes sobre sua autoria e do perigo gerado pela liberdade de quem é alvo do mandado.

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Moraes considera condutas ‘gravíssimas’

O ministro considerou que as condutas ilícitas são “gravíssimas” e tiveram como finalidade “coagir e impedir o exercício dos poderes constitucionais constituídos”.

Segundo Alexandre, os radicais bolsonaristas afrontaram a manutenção do estado democrático de direito, em “evidente descompasso com a garantia da liberdade de expressão”.

O ministro considerou haver provas da participação “efetiva” dos investigados em uma organização criminosa com o intuito de desestabilizar as instituições republicanas, fator considerado para a manutenção das prisões,

Ainda ressaltou a necessidade de se apurar quem são os financiadores da vinda e permanência dos terroristas em Brasília.

A decisão de manter os 140 presos foi tomada pelo ministro após a análise das audiências de custódia de 200 dos mais de mil detidos em Brasília por envolvimento nos atos golpistas.

Segundo a nota, foram realizadas 1.459 audiências de custódia entre os dias 13 e 17 de janeiro. A previsão é de que a análise seja concluída até sexta-feira (20).

Em relação ao grupo de 60 pessoas que foram soltas, o ministro afirmou que ainda não foram anexadas às investigações provas da prática de violência, invasão dos prédios e depredação do patrimônio público.

Esse grupo terá que cumprir medidas cautelares, entre elas:

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