O interventor federal da Segurança Pública do Distrito Federal, Ricardo Cappelli, entregou, nesta sexta feira (27), o relatório final sobre os atos criminosos de 8 de janeiro em Brasília.

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Segundo Cappelli, fica evidente que houve falha operacional das forças de segurança.

“O comandante encaminhou memorando para algumas unidades. E não acionou batalhões importantes como o Bope. Há falha operacional”, disse.

Cappelli analisa comando da PMDF

O militar citado pelo interventor é Fábio Augusto Vieira, ex-comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF).

O interventor destacou que o ex-gestor perdeu a capacidade de comando das tropas no dia dos atos antidemocráticos.

“Fez apelos que foram ignorados e que não foram atendidos. […] Na hora que a polícia é politizada pelo Poder Público, quem assume o comando tem sua capacidade de comando seriamente atingida. Então, aqui, não vai nenhum julgamento. Aqui é registro de fato”, afirmou.

O ex-comandante Augusto Vieira foi pessoalmente atuar contra os extremistas, segundo o relatório. O texto aponta que também não houve um planejamento operacional de policiamento.

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Além disso, Cappelli destacou que o acampamento em frente ao Quartel-General do Exército foi essencial para a realização dos atos antidemocráticos.

“Minicidade golpista. […] É importante ressaltar a centralidade do acampamento”, destacou o interventor.

“Todos os eventos, o evento do dia 12 de dezembro, a tentativa de explosão de bomba e bloqueio do aeroporto. Todos os eventos passam de uma forma ou de outra pelo acampamento. Acampamento criminoso que perturbou a ordem pública do DF”, afirmou.

Segundo Cappelli, no dia 7, em torno de 4 mil pessoas estavam acampadas em frente ao Quartel-General do Exército.

O relatório foi entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF) e vai ser analisado pelo ministro Alexandre de Moraes.