Ícone do site Portal Norte

Ricardo Cappelli acusa Jair Bolsonaro de liderar atos antidemocráticos

Jari Bolsonaro - Foto: Valter Campanato/Agência Brasil e Ricardo Cappelli - Foto: Reprodução/Twitter @RicardoCappelli

Jari Bolsonaro - Foto: Valter Campanato/Agência Brasil e Ricardo Cappelli - Foto: Reprodução/Twitter @RicardoCappelli

O ex-interventor federal Ricardo Cappelli afirmou, nesta quinta-feira (9), que o ex-presidente Jair Bolsonaro é o líder dos atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro em Brasília. 

+ Envie esta notícia no seu Whatsapp

+ Envie esta notícia no seu Telegram

Em suas redes sociais, Cappelli não mencionou o nome do ex-presidente, mas destacou que o líder dos ataques “passou quatro anos atacando as instituições democráticas. Qual a dúvida?”.

Intervenção federal no DF

Em resposta às invasões e depredações promovidas por terroristas no Congresso Nacional, no Palácio do Planalto e no Supremo Tribunal Federal, o presidente Lula decretou, no mesmo domingo dos atos (8), a intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal.

Lula nomeou Cappelli como interventor federal. O objetivo era manter a ordem na capital do país.

“Não tem precedente na história do nosso país. Não existe precedente o que essa gente fez e por isso essa gente terá que ser punida”, afirmou Lula ao assinar o decreto de intervenção.

Foram 23 dias de intervenção federal na segurança pública do DF.

O interventor ficou responsável para apurar o que ocorreu no dia 8 de janeiro e também como se deu a organização dos atos, além de fortalecer a segurança da Esplanada dos Ministérios.

Segundo o relatório final de Cappelli, ficou evidente que houve falha operacional das forças de segurança no dia dos atos golpistas. 

Além disso, Cappelli destacou que o acampamento em frente ao Quartel-General do Exército foi essencial para a realização dos atos antidemocráticos.  “Minicidade golpista. […] É importante ressaltar a centralidade do acampamento”, destacou. 

Com o fim da intervenção, no dia 31 de janeiro, Cappelli voltou para o cargo de secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

No entanto, a responsabilização dos culpados não acabou.

A Operação Lesa Pátria, realizada pela Polícia Federal, vai continuar punindo os participantes, envolvidos e financiadores dos atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro.

RELACIONADAS

+ 44h após ataques: pressão aumenta para Flávio Dino e Ricardo Cappelli

+ ‘Houve falha operacional’, diz Cappelli ao entregar relatório sobre 8 de janeiro

+ Intervenção no DF termina nesta terça-feira, 31

+ Marcos do Val diz que Bolsonaro o coagiu para golpe e que deve renunciar

+ Atos golpistas: ‘Meu CPF é um, o dele é outro’, diz Lira sobre Bolsonaro

+ Bolsonaro é incluído na investigação de atos terroristas em Brasília

+ PGR pede inclusão de Bolsonaro em investigações de atos golpistas em Brasília

Atos antidemocráticos realizados por apoiadores de Bolsonaro

A organização dos atos criminosos começou durante o fim de semana dos dias 7 e 8 de janeiro. 

Diversos ônibus chegaram ao acampamento em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, no sábado (7) e domingo (8).

No domingo, às 14h, os criminosos percorreram 8km até a Praça dos Três Poderes, escoltados pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF).

Os vândalos invadiram e depredaram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF). 

Destruíram obras de arte, móveis, quebraram espelhos, vidros e janelas, depredaram computadores e roubaram armas. 

Além disso,  segundo o Sindicato dos Jornalistas do DF, cerca de 16 jornalistas foram agredidos ou tiveram seu material roubado pelos criminosos.

Sair da versão mobile