O Brasil terá uma aliança com a Indonésia e Congo para a proteção das florestas tropicias.

É o que anunciou nesta segunda-feira (10), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante entrevista para ao programa A Voz do Brasil.

Brasil, Indonésia e Congo são os países que detêm as maiores florestas tropicais do planeta.

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Lula anunciou que terá um encontro com os presidentes da República Democrática do Congo e da Indonésia

Encontro

O encontro entre os presidentes devem ocorrer em junho deste ano.

“Eu já tenho, em junho, um compromisso com o Congo, que está convidando o Brasil e a Indonésia para fazer um grande encontro dos três países que têm a maior floresta verde do mundo”, disse o presidente.

criação da aliança tinha sido anunciada durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP27), realizada no Egito, no ano passado, e que contou com a presença de Lula, então presidente eleito.

O objetivo da coalizão, segundo o governo brasileiro, é valorizar a biodiversidade dos países e promover remuneração justa pelos serviços ecossistêmicos prestados pelas três nações – especialmente por meio de créditos de carbono de floresta nativa.

A aliança sinaliza para a comunidade internacional que o tema da conservação e do uso sustentável desse ativo ambiental deve ser capitaneado por aqueles que detêm as principais florestas do mundo.

Lula disse que é necessário envolver na aliança outros países da América do Sul que também detêm porções da Floresta Amazônica.

O presidente informou que deve sugerir ao governo do Congo que estenda o convite.

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Mudanças climáticas

Sobre as mudanças climáticas, o presidente defendeu que o Brasil terá um papel ainda mais central na geopolítica mundial.

“Agora, com a questão climática, aumentou muito o potencial de negociação com o Brasil. O Brasil tem a maior área de floresta tropical”.

“Não é pecado você querer explorar da forma mais inteligente possível aquilo que você pode transformar em riqueza para o país. É assim que a gente vai tratar a questão da Amazônia nas nossas relações internacionais”, acrescentou.