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PF conclui perícia em primeiro pacote de joias sauditas entregues a Bolsonaro

A Polícia Federal (PF) concluiu a análise do primeiro pacote de joias sauditas recebidas no governo Bolsonaro -Foto: Reprodução/Instagram/@jairmessiasbolsonaro

Os peritos criminais federais do Instituto Nacional de Criminalística (INC) da Polícia Federal (PF) concluíram a análise do primeiro pacote de joias sauditas -Foto: Reprodução/Instagram/@jairmessiasbolsonaro

A Polícia Federal (PF) concluiu a análise do primeiro pacote de joias sauditas recebido pelo governo de Jair Bolsonaro (PL).

O trabalho é realizado pelos peritos criminais federais do Instituto Nacional de Criminalística (INC).

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A caixa com joias femininas foi confiscada pela Alfândega do Aeroporto de Guarulhos (SP) após tentativa de entrada no Brasil sem pagamento de impostos.

A avaliação inicial é de que o colar, anel, relógio e brincos de diamantes podem custar cerca de R$ 16,5 milhões.

O laudo produzido pelos peritos deve apontar o valor real das joias sauditas.

Além disso, vai complementar o inquérito que corre sob sigilo na PF de São Paulo.

Perícia das joias sauditas

Durante a análise, um perito viajou até a Suíça para visitar a sede da Chopard, marca das peças de luxo.

No local, os peritos conversaram diretamente com os responsáveis pela confecção das joias.

O trabalho incluiu ainda a análise individual de pedras de diamantes. Somente o colar contém aproximadamente 2.000 peças.

O levantamento dos valores de brincos, abotoaduras e anéis foi registrado no laudo técnico, mas o documento ainda não foi divulgado.

A PF constatou que um relógio da marca suíça pode custar R$ 800 mil.

De onde vieram?

As joias foram dadas à comitiva brasileira em outubro de 2021, quando uma equipe do ex-ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, visitou a Arábia Saudita.

Na época, o caso foi revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo.

O pacote foi entregue pela Receita Federal à PF no fim de março deste ano e foi transportado até Brasília, onde fica a sede do INC, para a perícia.

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Apreensão das joias

Um dos estojos de joias trazido pela equipe foi apreendido pela Receita Federal durante inspeção no aeroporto de Guarulhos, por isso a apuração está em São Paulo.

Um militar que assessorava o então ministro de Minas e Energia tentou entrar no país com artigos de luxo na mochila.

Porém, como não tinham sido declarados, os bens foram apreendidos pela Receita Federal. De início, o caso foi revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Um segundo pacote, que inclui relógio, caneta, abotoaduras, anel e um tipo de rosário, todos também da marca suíça de diamantes Chopard e depois entregues a Bolsonaro, não foi interceptado pela Receita.

Um recibo oficial registrou a entrega desse segundo conjunto à Presidência em novembro de 2022, para compor o acervo pessoal do ex-presidente.

O que diz Bolsonaro

O ex-presidente disse que a todo momento buscou verificar a regularidade dos procedimentos, das normas aplicadas a esse caso, que tinham a finalidade, segundo ele, de evitar o que classificou de um “vexame diplomático” com a Arábia Saudita.

Bolsonaro disse em depoimento que, na visão dele, se essas joias ficassem perdidas, retidas na Receita Federal, isso poderia chegar aos ouvidos do governo saudita, o que poderia causar constrangimento.

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