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Com quase R$ 800 mil em dívidas, contas do PT são bloqueadas em SP

Partido dos Trabalhadores não pode recorrer do mérito - Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

Partido dos Trabalhadores não pode recorrer do mérito - Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

O bloqueio das contas bancárias do diretório estadual do Partido dos Trabalhadores (PT) foi determinado pela Justiça de São Paulo.

O partido tem quase R$ 800 mil em dívida com um escritório de advocacia, a empresa trabalhou para o partido em 2014.

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Nas buscas feitas nas contas do partido, a Justiça encontrou R$ 42 mil, valores que deverão ser transferidos nos próximos dias para o escritório.

Com isso, o partido segue devendo cerca de R$ 755 mil, considerando juros e correção monetária.

A informação é do jornal Folha de S.Paulo.

PT e dívida de 2014

Nove anos atrás, o partido lançou Alexandre Padilha, que hoje é ministro das Relações Institucionais do governo Lula, como governador de São Paulo e fez uma coligação com o PCdoB.

Porém, Geraldo Alkimin que até então pertencia ao PSDB venceu a corrida eleitoral.

O escritório de advocacia de Alberto Rollo foi contratado pelo PT-SP, durante a campanha, para prestar assessoria jurídica para as candidaturas do PCdoB paulista à Câmara dos Deputados e à Assembleia Legislativa.

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Conforme a defesa de Rollo, o partido pagou apenas a primeira das três parcelas contratadas.

No processo, o diretório estadual do PT informou não concordar com a cobrança e afirmou que o escritório descumpriu cláusulas estabelecidas no contrato ao não apresentar notas fiscais ao seu comitê financeiro.

O partido questionou também os cálculos da atualização da dívida apresentados pelo escritório.

O PT afirmou que não deveriam ser considerados os juros nem a correção, uma vez que foi por falha do escritório (ao não apresentar as notas fiscais) que o pagamento não teria sido feito.

Em decisão de 2020, a juíza Renata de Carvalho deu razão ao escritório.

“Ao que tudo indica, o escritório prestou devidamente os serviços, e a mera alegação de ausência da emissão de notas fiscais não justifica o inadimplemento”, afirmou.

Como o PT não fez o pagamento após a decisão, a Justiça ordenou o bloqueio das contas bancárias.

O partido não pode mais recorrer em relação ao mérito do processo, mas pode ainda questionar a penhora.

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