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Gabriel Galípolo e Ailton Aquino são sabatinados no Senado

O economista Gabriel Galípolo e o auditor-chefe do BC, Ailton Aquino, tiveram o nome publicado no Diáro Oficial da União nesta sexta-feira (7) -Foto: Linkedin e Washington Costa/MF

Economista Gabriel Galípolo e auditor-chefe do BC, Ailton Aquino, são oficialmente nomeados como diretores do Banco Central - Foto: Linkedin e Washington Costa/MF

O economista Gabriel Galípolo foi sabatinado na manhã desta terça-feira (4) pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

Ele não deve ter grandes problemas para ser aprovado e assumir a Diretoria de Política Monetária do Banco Central (BC).

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Antes disso, o nome dele vai ter que  ser aprovado pelo plenário do Senado.

Galípolo é ex-secretário-executivo do Ministério da Fazenda e número 2 do ministro Fernando Haddad na pasta.

Ele foi indicado pelo chefe da equipe econômica para substituir Bruno Serra Fernandes no BC.

Entre as futuras atribuições do economista no cargo, esta administrar a execução dos instrumentos das políticas monetária e cambial, para o cumprir a meta definida para a taxa básica de juros (Selic), e estabelecer orientação técnica para a administração das reservas internacionais do Brasil.

Durante a sabatina o economista falou sobre as expectativas e melhora na economia do país.

“As medidas até aqui implementadas produziram no primeiro semestre, apreciação da nossa moeda, a valorização da nossa moeda, previsões de um déficit primário menor, aprovação de um conceito já de uma nova regra fiscal, projeções de crescimento mais elevado, menor inflação, e o mercado já projeta taxas de juros mais baixas e cortes na taxa de juros futura”, destacou.

Galípolo afirmou ainda que tem a possibilidade de acanhar o otimismo dele.

“Para compensar essa possibilidade de acanhar meu otimismo, eu vou dobrar aqui a aposta e dizer que o Brasil, menos de 40 anos depois de ter a sua crise da dívida externa, hoje conta como bem falou o senador com mais de R$ 340 bi de reservas internacionais, que começaram ainda fruto ainda de um trabalho que começa nos primeiros mandatos do presidente Lula”, disse.

Além dele, o auditor-chefe do BC, Ailton Aquino também é indicado para ocupar o cargo de Diretor de Fiscalização do BC.

Indicados pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ambos devem ser aprovados com facilidade na comissão.

Depois da análise e votação pela CAE, os indicados devem ser votados no plenário do Senado, o que deve ocorrer ainda nesta terça-feira (4).

Para serem aprovados, precisam de ao menos 41 votos. Se isso ocorrer, eles ocuparão os cargos por 4 anos, com a possibilidade de recondução por igual período.

Gabriel Galípolo

Desde o início da passagem de Galípolo pelo governo federal, ele foi visto como uma “ponte” entre o presidente Lula e o mercado financeiro, hostil ao PT.

Formado em Ciências Econômicas e mestre em Economia pela PUC-SP, Galípolo foi chefe da Assessoria Econômica da Secretaria de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo em 2007, durante o governo do tucano José Serra (PSDB).

De 2017 a 2021, foi presidente do Banco Fator, instituição financeira focada em parcerias público-privadas (PPPs) e programas de privatização.

Considerado um “heterodoxo moderado”, Galípolo é adepto de teses desenvolvimentistas, notadamente a maior presença do Estado em setores estratégicos, como indutor do crescimento econômico e da industrialização do país.

Por outro lado, não compartilha das críticas de setores da esquerda às PPPs, concessões e privatizações.

Ao lado do economista Luiz Gonzaga Belluzzo, também de formação heterodoxa e muito ligado a Lula, Galípolo escreveu três livros:

“Manda quem pode, obedece quem tem prejuízo” (2017), “A escassez na abundância capitalista” (2019) e “Dinheiro: o poder da abstração real” (2021).

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Ailton Aquino

Já Ailton de Aquino Santos, 48 anos, é auditor-chefe do Banco Central, onde está desde 1998.

Se assumir o posto de diretor, será o primeiro homem negro a integrar a cúpula da autoridade monetária. Ele é formado em ciências contábeis e direito.

Também tem pós-graduação em contabilidade internacional e engenharia econômica de negócios. Atua na área de Fiscalização há 25 anos.

É ainda especialista em auditoria de banco de dados de crédito. A indicação do auditor-chefe é relatada pelo senador Irajá (PSD-TO).

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