O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) saiu em defesa, nesta terça-feira (1), do economista Marcio Pochmann, indicado para presidir o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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O petista disse que “não é aceitável que as pessoas tentem criar uma imagem negativa” de seu escolhido para comandar o órgão de pesquisa.

“É um dos grandes intelectuais desse país. É um rapaz extremamente preparado. Esse rapaz, eu escolhi ele porque eu confio na capacidade intelectual dele, é um pesquisador exímio. Agora algumas pessoas que possivelmente queriam ir para lá ficam colocando dúvida sobre a idoneidade do Pochmann”, afirmou.

O presidente destacou ainda que não há chance de o economista manipular informações sobre as condições sociais e econômicas do Brasil.

“Quem tem história como a que vocês me ajudaram a construir não vai precisar manipular dado para fazer as coisas”, afirmou.

Lula disse que a escolha não atropelou a ministra do Planejamento, Simone Tebet, ao fazer a nomeação “porque presidente não atropela” e porque esse não é seu jeito de fazer política.

“Simone não tem nada a ver com isso. A Simone é uma das coisas boas que aconteceu no meu governo, tem muita qualidade e muita seriedade. Tentaram inventar briga”, disse.

Ele afirmou que a ministra sempre soube que Pochmann era seu escolhido para o cargo.

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Indicado de Lula substitui interino

O economista Marcio Pochmann será o novo presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e já foi presidente da Fundação Perseu Abramo.

O economista vai substituir Cimar Azeredo, funcionário de carreira e ex-diretor de Pesquisas do Instituto, que presidia o órgão de forma interina desde 3 de janeiro.

Nos quase sete meses em que ficou à frente do IBGE, Azeredo enfrentou desafios como a conclusão do Censo de 2022, prejudicado após sucessivos adiamentos.

Com o apoio da ministra do Planejamento, Simone Tebet, ele coordenou um mutirão que incluiu quase 16 milhões de brasileiros na contagem populacional.

O economista sempre ocupou cargos de destaques em gestões petistas.

Dirigiu a Secretaria Municipal do Desenvolvimento, Trabalho e Solidariedade durante mandato de Marta Suplicy como prefeita em São Paulo (2001-2004).

Mais tarde, foi presidente do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) de 2007 a 2012, gestão que teve registros de polêmicas, com acusações de aparelhamento político à época.

Em junho de 2012, ele deixou a presidência do instituto para concorrer pela primeira vez à Prefeitura de Campinas (SP), mas acabou derrotado nas urnas.