O dia 31 de maio marca o Dia mundial sem tabaco. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o tabagismo passivo mata 603 mil pessoas em todo o mundo, das quais 168.840 (28%) são crianças.

Além disso, os usuários de tabaco, que quase sempre morrem prematuramente, privam suas famílias de renda, aumentam o custo dos cuidados de saúde e impedem o desenvolvimento econômico.

A perda econômica para o Brasil, em 2022, foi de R$ 153,5 bilhões ou 1,55% do PIB (Produto Interno Bruto).

Os dados foram apresentados durante a celebração do dia mundial sem tabaco, na sede da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) em Brasília.

A data em 2024 destaca a proteção das crianças contra a influência prejudicial da indústria do tabaco.

Segundo o diretor-geral do INCA, Roberto Gil, “investir na educação e fortalecimento das crianças contra o tabagismo é crucial, pois elas são especialmente vulneráveis e representam o futuro”.

Campanha

O Ministério da Saúde e o Instituto Nacional de Câncer (Inca) lançaram nesta quarta-feira (29) campanha de prevenção ao uso de cigarros eletrônicos, com foco na iniciação precoce ao tabagismo.

De acordo com a Pasta, dados indicam que crianças e adolescentes que usam cigarros eletrônicos têm duas vezes mais probabilidade de fumar cigarros no futuro.

Além disso, o ministério destaca que os dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs), incluindo cigarros eletrônicos e produtos de tabaco aquecido, contêm nicotina e substâncias tóxicas em quantidades variáveis.

Essas emissões prejudicam tanto os usuários quanto os expostos aos aerossóis.

Debate no Senado

A senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) apresentou um projeto de lei para regular a produção, comercialização, fiscalização e propaganda dos cigarros eletrônicos.

De acordo com a senadora a regulamentação servirá para controlar o uso do fumo eletrônico.

A proposta é debatida nas Comissões de Assuntos Sociais (CAS), de Assuntos Econômicos (CAE) e de Fiscalização e Controle (CTFC).