O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reclamou da ausência de governadores na cerimônia de anúncio de projetos com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O evento aconteceu nesta sexta-feira (26), no Palácio do Planalto.
O governo federal promete investir R$ 41,7 bilhões em diversas unidades da federação. Receberão os recursos empreendimentos de mobilidade urbana, saneamento básico, abastecimento de água e drenagem.
Segundo a assessoria do Planalto, dos 27 governadores, apenas oito compareceram ao evento. Wilson Lima, do Amazonas, foi o único da região Norte a marcar presença.
Três vice-governadores estiveram no palácio: Hana Ghassan (Pará), Felício Ramuth (São Paulo) e José Carlos Barbosa (Mato Grosso do Sul).
Situação semelhante aconteceu em 2023, por ocasião do lançamento do Novo PAC.
Bolsonaro
Em seu pronunciamento, Lula destacou a relevância da classe política mostrar à sociedade que a “convivência democrática respeitosa na adversidade” é importante para cidades, estados e para a União.
O presidente vê na decisão de alguns governadores de não comparecer uma possível influência do ex-presidente Jair Bolsonaro.
“Alguns [governadores] não têm comparecido. Possivelmente, ainda pela imagem negativista de um presidente da República que só viajava para o estado que ele gostava, só viajava para atender amigos e não dava importância para aqueles que pensassem diferente dele. É uma coisa absurda”, disse Lula.
O petista afirmou que os governantes precisam “trazer o Brasil de volta à civilidade” e atuar em parceria.
Governador do RS
A assessoria do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), justificou a sua ausência no evento. Os assessores informaram que o convite chegou na quarta-feira (24). A viagem a Brasília foi prejudicada em função da logística do estado, já que o aeroporto Salgado Filho, de Porto Alegre, ainda não está operando.
O estado gaúcho vai receber R$ 6,5 bilhões do PAC para obras de drenagem, que auxiliarão na prevenção de cheias.
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