A ministra da Saúde, Nísia Trindade, disse que o Brasil está pronto para enfrentar novas pandemias. Ela garantiu que o país é capaz de produzir e distribuir vacinas e tratamentos mundialmente dentro de pouco mais de três meses. 

Esse prazo representa um terço do tempo que levou para se criar uma vacina contra a covid-19 e que poderá interromper uma nova pandemia ainda no início, poupando vidas.

Em 2021, uma coalizão global se formou para estabelecer estratégias para as futuras pandemias em um esforço batizado como Missão dos 100 Dias. O projeto prevê o estabelecimento de testes, terapias e vacinas em larga escala dentro deste prazo.

“Sem dúvida o Brasil tem condições de adotar esse objetivo. O Brasil é parte desse esforço e nós retomamos uma agenda que as instituições de pesquisas científicas levantaram com muita força”, disse a ministra.

Evento 

A fala de Nísia aconteceu na Cúpula Global de Preparação para Pandemias. O evento reuniu especialistas de várias partes do mundo no Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (29).

O encontro funciona como uma troca de experiências sobre enfrentamento de doenças que podem se alastrar, como a covid-19, que deixou mais de 7 milhões de mortos no planeta.

Segundo Nísia, o Brasil tem, no atual governo, bases na ciência, tecnologia e esforços industriais que abrangem a área da saúde.

Para a ministra, o preparo do país para o enfrentamento de futuras pandemias deve ser visto como política de Estado, e não apenas de governo.

A presidente da Coalizão para Inovações em Preparação para Epidemias (Cepi), Jane Halton, explicou que a Missão dos 100 Dias não é apenas uma questão de velocidade na resposta. Inclui também equidade na disponibilização dos recursos. “É sobre proteger todas as pessoas de novas doenças antes que tenham as vidas delas e de familiares destruídas.”

Parceria

A Fiocruz anunciou, no evento desta segunda-feira, uma parceria com a Cepi.  O objetivo é a produção de vacinas que poderão ser distribuídas para países da América Latina, em caso de nova pandemia.

Segundo o presidente da Fiocruz, Mario Moreira, o acordo faz parte de um esforço global para “um mundo mais equilibrado no acesso a vacinas”.


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