O assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Celso Amorim, está na capital venezuelana, Caracas, para companhar as eleições. Ele desembarcou em Caracas na sexta-feira (26).
Neste domingo (28), a Venezuela realizou as eleições presidenciais. Apesar do candidato da oposição, Edmundo González liderar pesquisas, o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) anunciou que Nicolás Maduro venceu as eleições com 80% dos votos apurados.
Nesta segunda-feira (29), Amorim disse nas redes sociais que “é motivo de satisfação que o dia tenha transcorrido tranquilo, sem incidentes significativos na Venezuela. Houve participação expressiva do eleitorado”.
Amorim também destacou a expectativa do governo brasileiro de que os candidatos à Presidência da Venezuela respeitem o resultado das urnas.
Amorim disse ao G1 que é preciso ter cautela e aguardar a conferência de todas as atas eleitorais.
“O fato principal que nos leva a ser cauteloso é que não deram o resultado público mesa por mesa, porque o governo deu até agora é um número, mas tem que mostrar como chegou nesse número: ata por ata”, disse.
Amorim ressaltou ainda que não se pode afirmar que houve fraude. Além disso, ele considerou a situação complexa.
“Não sou daqueles que reconhece tudo o que é dito, mas também não vou entrar numa de dizer que foi fraude. É uma situação complexa e queremos um regime democrático para a Venezuela de forma pacífica, continua o assessor especial da Presidência”, destacou ao blog.
Antes de retornar ao Brasil, Celso Amorim deve se reunir com observadores internacionais e outras autoridades para tentar levantar dados que comprovariam ou não a legitimidade do resultado das eleições na Venezuela.
Quem é Celso Amorim?
O Assessor-chefe da presidência da República e diplomata de carreira, Celso Amorim, de 82 anos, ocupa o cargo desde janeiro de 2023.
O assessor imediato do presidente participa do planejamento, preparação e execução dos encontros internacionais do Presidente da República, tanto no Brasil quanto no exterior.
Além disso, ele já chefiou o Itamaraty durante os governos de Lula, de 2003-2010, e Itamar Franco de 1993-1995. Na gestão de Itamar Franco, ele fortaleceu a integração do Brasil no Mercosul.
O que diz o Itamaraty?
Em nota, divulgada nesta segunda-feira (29), o Itamaraty disse que acompanha a apuração com atenção. Além disso, destaca que “o governo brasileiro saúda o caráter pacífico da jornada eleitoral”.
Por fim, reafirma que a soberania popular será observada por meio da “verificação imparcial dos resultados”.
Nesse contexto, o Itamaraty informou que aguarda a publicação pelo Conselho Nacional Eleitoral com dados por mesa de votação.
Passo, que segundo o governo, indispensável para a transparência, credibilidade e legitimidade do resultado do pleito.
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