A Embaixada da Venezuela em Brasília foi o único local de votação para as eleições venezuelanas em território brasileiro.

Em 2019, durante o governo do presidente Jair Bolsonaro, o Brasil fechou todos os consulados venezuelanos. Com isso, apenas 38 dos 1.059 venezuelanos no Brasil votaram neste domingo (28), segundo a Embaixada.

No total, 21,4 milhões de venezuelanos estavam aptos a votar. Destes, 4 milhões estavam fora do país, mas apenas pouco mais de 69 mil podiam votar. Além disso, o voto era facultativo, ou seja, não era obrigatório. Por fim, não haverá segundo turno.

Os eleitores que votaram na seção eleitoral da Embaixada da Venezuela, expressaram o desejo de mudança e solicitaram que as autoridades respeitem o resultado das urnas.

O jornalista, Manuel Quilarque, que viajou de São Paulo a Brasília para votar, espera que os venezuelanos que estão fora do país e enfrentando dificuldades possam retornar à Venezuela em condições melhores e mais favoráveis.

“Estamos muito esperançosos para poder recuperar a liberdade no nosso país, que a gente consiga finalmente ter um processo de reinstitucionalização. E também que as pessoas que estão fora da Venezuela, em situação de vulnerabilidade, que estão passando por muita dificuldade, consigam, enfim, voltar para o país em condições favoráveis”, disse durante a votação.

O jornalista, que vive no Brasil há 15 anos, reforçou que apenas 1.059 dos cerca de 500 mil venezuelanos que moram no país conseguiram registro para votar.

“Devem ter votado, no máximo, umas 30 pessoas”, concluiu.

Eleições na Venezuela

Ainda na madruga desta segunda-feira (29), o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) divulgou que Nicolás Maduro venceu as eleições com 80% dos votos apurados.

O anúncio foi contestado, aqui no Brasil, por parlamentares da oposição. Já o Itamaraty emitiu nota e disse que acompanha a apuração com atenção.

Em Caracas, capital venezuelana, o assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Celso Amorim, disse que a expectativa do governo brasileiro de que os candidatos à Presidência da Venezuela respeitem o resultado das urnas.

Nicolás Maduro, no poder desde 2013, e pela primeira vez desde 2015, toda a oposição aceitou participar, após boicotar as eleições nacionais desde 2017.

As pesquisas eleitorais na Venezuela mostraram resultados diferentes para o pleito presidencial. Além disso, algumas enquetes indicaram que o principal candidato da oposição, Edmundo González Urrutia, venceria com ampla margem.

Por outro lado, outras pesquisas sugeriram que o atual presidente Nicolás Maduro venceria com uma margem confortável.

Com informações da Agência Brasil

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