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Saúde e PAC serão afetados com congelamento do governo

Houve restrições em quase todos os ministérios, algo que havia sido sinalizado pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa.

Houve restrições em quase todos os ministérios, algo que havia sido sinalizado pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa. Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo

O governo publicou, no fim da noite desta terça-feira (30), o decreto do presidente Lula que detalha as áreas afetadas pelo congelamento de R$ 15 bilhões em gastos públicos, confirmado na semana passada. 

O objetivo é convergir as contas públicas para a meta de déficit zero estabelecida para 2024.

Os ministérios da Saúde (R$ 4,42 bilhões) e das Cidades (Programa de Aceleração do Crescimento, investimento de R$ 2,13 bilhões) tiveram as maiores contenções.

Os outros três ministérios com mais dinheiro congelado foram: 

Entenda como o congelamento afeta a Saúde e Cidades

Com o congelamento do governo, o Ministério da Saúde precisará fazer uma contenção para despesas discricionárias, que incluem gastos de custeio e investimentos.

Do valor cortado R$ 1,1 bilhão são investimentos no âmbito do PAC e R$ 226,3 milhões de emendas parlamentares. O restante está distribuído em ações de custeio bancadas pela própria pasta.

A trava nos investimentos da Saúde contribuiu para o PAC figurar como um dos principais alvos da contenção. O programa, uma das vitrines da gestão petista, teve R$ 4,5 bilhões congelados, o equivalente a 8,3% da dotação para este ano.

Houve restrições em quase todos os ministérios, algo que havia sido sinalizado pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, na sexta-feira (26).

É o 2º bloqueio feito sob o novo marco fiscal que limita os gastos públicos ao crescimento da receita do ano anterior. 

O Ministério da Defesa também sofreu um congelamento, de R$ 675,7 milhões, mesmo com o apelo do ministro José Múcio ao Ministério da Fazenda para que não houvesse cortes no Orçamento dos militares.

O congelamento total é formado por um bloqueio de R$11,2 bilhões e um contingenciamento de R$3,8 bilhões. 

Entenda a diferença

bloqueio – o governo revisa as despesas do Orçamento, que estavam maiores que o permitido pelo arcabouço fiscal. É mais difícil de ser revertido; 

contingenciamento – se dá quando há frustração de receitas esperadas nas contas públicas.

No total, 46 órgãos foram afetados pelo congelamento. Além dos ministérios, destacam-se algumas agências, como: 

O Ministério do Planejamento e Orçamento diz que cada órgão tem liberdade para definir de onde vai tirar o dinheiro, inclusive de programas sociais. O prazo para a definição é 6 de agosto.

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