A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, agradeçeu o Brasil por assumir os interesses diplomáticos da Argentina na Venezuela.
A pedido do governo de Javier Milei, o Brasil aceitou representar os interesses da Argentina na Venezuela após o fechamento da embaixada em Caracas.
Isso ocorreu porque o governo venezuelano expulsou o corpo diplomático argentino do país em um comunicado, devido às acusações de fraude eleitoral nas eleições de domingo (28).
Nas redes sociais, María Corina Machado escreveu:
“Agradecemos ao governo do Brasil sua disposição de assumir a representação diplomática e consular da República Argentina na Venezuela, e a proteção de sua sede e residência, bem como a integridade física de nossos companheiros asilados em sua residência. Isso poderia contribuir para avançar em um processo de negociação construtivo e efetivamente como o que o Brasil respaldou”.
Além disso, Corina destacou a disposição para negociar e facilitar uma transição ordenada conforme a vontade expressa pelos venezuelanos em 28 de julho.
María Corina Machado era a favorita da oposição nas pesquisas para derrotar o presidente Nicolás Maduro, mas o Supremo venezuelano a impediu em janeiro.
Ela participou ativamente da campanha de Edmundo González.
No Brasi, após quatro dia das eleições da Venezuela, o governo brasileiro segue pressionado a dar declarações. Por outro lado, como mediador, aguarda a divulgação dos dados eleitorais.
No entanto, Maduro contatou a equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que os dois possam ter uma conversa por telefone.
Nesta quinta-feira (1°), esgota-se o prazo para que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela liberte as atas eleitorais, para confirmar que Nicolás Maduro realmente venceu a eleição.
Quem é María Corina?
A líder da oposição na Venezuela nasceu na capital venezuelana, Cararas e tem 55 anos.
Ela iniciou sua oposição ao partido governista em 2004, quando a ONG que co-fundou, Súmate, organizou um referendo para remover o presidente Hugo Chávez da presidência.
A tentativa não teve sucesso, e Corina, juntamente com outros líderes do Súmate, enfrentou acusações de conspiração.
Posteriormente, ela ganhou notoriedade ao interromper Chávez durante um discurso no legislativo e criticar sua política de expropriação de empresas, chamando-a de roubo.
Entre 2011 e 2014, María Corina foi deputada na Assembleia Nacional da Venezuela. Ela se destacou por suas críticas combativas ao regime e à oposição.
Corina liderou as manifestações contra o governo de Maduro em 2014 e teve seu mandato cassado.
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