O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu à equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que agendasse um telefonema entre os dois.
Segundo divulgou o Globo, Maduro tenta falar com o presidente Lula desde ontem e nesta quinta-feira (1°) há a expectativa que essa conversa ocorra.
No entanto, o compromisso não consta na agenda do presidente Lula para hoje.
Nesta quarta-feira (31), o ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o assessor internacional de Lula, Celso Amorim, se reuniram no Itamaraty para discutir a situação.
Após quatro dia das eleições da Venezuela, o governo brasileiro segue pressionado a dar declarações. Por outro lado, como mediador, aguarda a divulgação dos dados eleitorais.
O presidente Lula se manteve em silêncio, mas na terça-feira (30) quebrou o gelo e reconheceu a vitória do venezuelano, o que gerou várias críticas.
Antes, o PT já havia emitido nota reconhecendo a vitória de Maduro: foi “pacífica, democrática e soberana”.
Em suas declarações, Lula destacou que o PT tem autonomia para reconhecer a vitória de Nicolás Maduro na Venezuela.
Além disso, ele afirmou que é preciso aguardar a confirmação do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela.
De acordo com a agenda oficial, Lula ficará em Brasília nesta quinta-feira. Além da previsão de conversa com Maduro, ele deve se reunir com o assessor Celso Amorim.
Entenda
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) declarou Nicolás Maduro vencedor das eleições presidenciais da Venezuela com 51,21% dos votos, assegurando um terceiro mandato de 2025 a 2030.
A oposição, liderada por María Corina Machado, contestou o resultado, alegando fraude e solicitando a intervenção das Forças Armadas e a divulgação de todas as atas eleitorais para comparação.
Maduro venceu as eleições e chegou ao seu segundo mandato como presidente. Após a vitória de Maduro, diversos protestos se espalharam na Venezuela.
Brasil como mediador
Após o resultado da eleição na Venezuela, a estabilidade política do país deve enfrentar desafios nos próximos meses.
Fontes diplomáticas indicam que o Brasil e a Colômbia poderão participar do processo de “estabilização política” se convidados tanto pelo grupo de Nicolás Maduro quanto pela oposição.
Brasil, Colômbia e México ainda não conseguiram acordar um comunicado conjunto exigindo a divulgação imediata das atas eleitorais para validar as eleições na Venezuela.
Uma grande preocupação é o período de seis meses até a posse presidencial em 10 de janeiro de 2025.
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