O Supremo Tribunal Federal (STF) volta às suas atividades nesta quinta-feira (1º), após um mês de recesso. Na pauta, estão temas de grande relevância social.

Serão julgados casos como o tratamento médico de testemunhas de Jeová, a quebra de sigilo de dados de internet em investigações criminais, a validade de benefícios sociais concedidos pouco antes das eleições e o reajuste dos planos de saúde para idosos.

Embora a agenda de julgamentos para agosto já esteja definida, o cronograma da Corte dos meses restantes do ano ainda não foi divulgado.

Veja os julgamentos previstos para agosto

  • 1º de agosto – Benefícios sociais em ano eleitoral

A primeira pauta discute a mudança na Constituição de 2022, que permitiu a ampliação de benefícios sociais às vésperas da eleição presidencial.

O partido Novo questiona a validade da “PEC Kamikaze” (críticos) ou “PEC das Bondades” (defensores), que concedeu aumento do Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600, ampliação do Auxílio-Gás para o valor de um botijão, e a criação de um “voucher” de R$ 1 mil para caminhoneiros, além de estabelecer um estado de emergência devido à “elevação extraordinária e imprevisível” dos preços do petróleo e combustível.

  • 7 de agosto – Quebra de sigilo de dados de internet em investigações

Os ministros podem retomar a análise de um recurso que discute se a Justiça pode determinar a quebra de sigilo de dados telemáticos de pessoas indeterminadas em investigações criminais, como no caso da morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes em 2018.

  • 7 de agosto – Aplicação do acordo de não-persecução penal

Está também na pauta do STF um processo sobre o alcance da aplicação do acordo de não-persecução penal (ANPP), incluído na lei pelo pacote anticrime de 2019.

O plenário vai decidir se o ANPP pode ser aplicado retroativamente para casos criminais iniciados antes da vigência da lei.

  • 8 de agosto – Liberdade religiosa

Os magistrados vão ouvir argumentos sobre dois processos que discutem se testemunhas de Jeová podem receber tratamento médico e fazer cirurgias sem transfusão de sangue por razões de convicção religiosa.

O debate envolve direitos fundamentais como saúde, dignidade da pessoa humana, legalidade, liberdade de consciência e de crença. Os votos dos ministros serão conhecidos em uma sessão futura.

  • 14 de agosto – Aumento de mensalidade de planos de saúde para idosos

O STF pode analisar se é possível aplicar o Estatuto do Idoso ao reajuste de contratos de planos de saúde anteriores à lei.

A regra do estatuto impede que operadoras cobrem valores diferentes das pessoas em razão da idade, na prática barrando o aumento dos planos quando o segurado passa a ter 60 anos.

  • 28 de agosto – Inclusão do ISS na base de cálculo do PIS/Cofins

O tema de direito tributário discute se o valor do ISS (um tributo municipal) integra a base de cálculo das contribuições sociais do PIS e da Cofins.

A discussão pode causar impacto de R$35,4 bilhões aos cofres públicos em cinco anos, segundo a Lei de Diretrizes Orçamentárias deste ano.

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